Engenheiros e pesquisadores do instituto Virginia Tech, nos Estados Unidos, procuram no sistema ultrasônico de localização dos morcegos uma inspiração para novas tecnologias para desenvolvimento de veículos e robôs.
A grande maioria dos morcegos utiliza a técnica de ecolocalização para se encontrar no escuro da noite.
Ondas ultrasônicas são emitidas pelos mamíferos e por meio do sinal recebido de volta, eles conseguem "enxergar" o que há pelo caminho.
As máquinas usam esse tipo de expediente, há quase um século copiado justamente dos morcegos, em muitas tecnologias.
Os sonares, por exemplo, usam ondas sônicas (daí o nome) para localização. Os radares usam o mesmo princípio, mas substituem o som por ondas de rádio.
Há sistemas que fazem a mesma coisa com luz normal, não coerente, e com laser. O sistema "bate-e-volta", portanto, não é nenhuma novidade.
O problema é a velocidade de processamento. Atualmente, os sistemas deste tipo utilizam técnicas com lasers, sonares ou mesmo câmeras de vídeo.
Essas tecnologias produzem uma quantidade muito grande de dados, o que pode ser um problema computacional para placas muitas vezes pequenas.
Como os morcegos conseguem calcular rapidamente os dados que adquirem, os pesquisadores acreditam que os computadores também podem.
O site PopSci conta que, após estudar os bichinhos, os biólogos estão descobrindo que o formato das orelhas desses animais tem especial importância na recepção do som e na percepção do ambiente.
Assim, de acordo com o professor Rolf Mueller, do departamento de engenharia mecânica do Virginia Tech, este formato pode ser imitado para desenvolver sistemas autônomos de locomoção que "tiram água da pedra" e podem fornecer uma "descrição sônica" mais rica do ambiente sem muito processamento.
Os estudos continuam e Mueller acredita que o ponto principal para o desenvolvimento de sistemas autônomos mais simples é o entendimento da evolução dos morcegos e de seus meios de localização no ambiente.
Mais detalhes do trabalho dos pesquisadores podem ser obtidos na publicação da revista do Virginia Tech, pelo link goo.gl/Sc1TF.
Fonte: Terra
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