quinta-feira, 28 de abril de 2011

Agilidade das lagartas é reproduzida em novo robô de resgate


Pesquisadores conseguiram projetar um robô que imita o rápido movimento de rodopio de uma lagarta quando escapa do perigo.

Cientistas conseguiram criar um robô que imita os movimentos de rodopios de uma lagarta quando escapa do perigo.

O robô de 10 centímetros de comprimento tem um corpo leve, feito de silicone e operado por molas de ligas metálicas que se contraem sob o efeito de descargas elétricas.

O movimento é considerado um dos mais velozes da natureza e os pesquisadores acreditam que o robô com esta capacidade poderá ser usado em desastres para busca e resgate de humanos.

A descoberta foi descrita em artigo publicado na quarta-feira (27) pela revista "Bioinspiration & Biomimetics", que vem acompanhado de um vídeo que demonstra as piruetas das lagartas e os robôs que as imitam.

O novo robô, chamado de GoQBot, foi projetado para copiar especificamente a morfologia funcional de uma lagarta e é equipado com cinco emissores de luz infravermelha em seus flancos para permitir o acompanhamento dos movimentos com um dos mais avançados sistemas de rastreamento tridimensional.

A denominação "Q" faz referência à forma adotada pelas lagartas antes do pulo e que permite que se afastem rodopiando a meio metro por segundo.

Para mudar de forma em menos de 100 milisegundos, o GoQBot se beneficia de um alto grau de coordenação mecânica, similar à que ocorre mediante o acoplamento não linear de músculos nos animais.



Até agora, a ciência tinha criado robôs que, apesar de desenvolver certa flexibilidade e capacidade de adaptação, contavam com velocidade limitada.

Por isso, de acordo com o artigo, os pesquisadores voltaram sua atenção aos animais terrestres em busca de inspiração.

Algumas lagartas têm a capacidade extraordinária de rodopiar e pular para escapar dos predadores, e o movimento chamado de "rolamento balístico", considerado um dos mais rápidos que se conhecem na natureza, foi a grande inspiração.

“Por causa do aumento de velocidade e alcance, robôs de rastreamento sem membros e com capacidade de rolamento balístico podem ser desenvolvidos para serem usados em áreas de desastres como as atingidas por tsunamis, por exemplo.

O robô pode percorrer a área entre destroços e correr perigo por nós”, disse Huai-Ti Lin do departamento de Biologia da Universidade de Tufts e autor do artigo científico.


Fonte: IG

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