Fósseis encontrados na região do Quênia mostraram a adaptação na alimentação de acordo com a disponibilidade de certas plantas.
As amostras mostraram a mudança de dieta da vegetação do tipo C3 para a C4. Este tipo de alteração é observada em casos como o de mudanças climáticas, que podem transformar florestas em vegetação de campina ou vice-versa.
Quando isto acontece, a necessidade por comida faz com que os animais mudem os hábitos para se adaptarem ao novo tipo de vegetação disponível.
Quem não se adapta tem que deixar a região afetada ou, em casos extremos, enfrentam a ameaça da extinção.
A conclusão foi alcançada a partir de análises de rácios de isótopos de carbono de 452 fósseis de dentes de nove famílias de animais que viviam na região do Quênia.
Eles mostravam se estes animais comiam plantas do tipo C3, que inclui árvores, arbustos e gramíneas de estação fria ou C4, gramíneas de locais mais quentes e plantas como as ciperáceas, vegetações tipicamente encontradas nos trópicos.
De acordo com as observações de um período de 7 milhões de anos (entre 10 milhões e 3 milhões de anos atrás), o primeiro animal a se adaptar à nova dieta foi um ancestral da zebra, há cerca de 9,9 milhões de anos. Em seguida foi a vez de algumas espécies de rinocerontes e então os ancestrais de elefantes.
As descobertas mostraram que espécies diferentes respondem de formas diferentes às mudanças no meio ambiente. No leste da África dos dias de hoje a maior parte das plantas disponíveis são do tipo C4.
O aumento na disponibilidade destes novos tipos de plantas o fez atrativo para os herbívoros que conseguiam digerir este tipo de vegetação, que apresentava mais celulose e qualidade nutricional mais baixa que as plantas do C3.
Fonte: Estadão
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