terça-feira, 5 de abril de 2011

Grupo conhece as histórias de São Paulo e vive fortes emoções em prédios assombrados

A primeira parada é o Cemitério da Consolação. Os caça-fantasmas podem conferir túmulos de muitos homens que viraram nomes de rua: Celso Garcia, o maestro Chiafarelli e do conde Franco Matarazzo. O mausoléu dele é o maior da América Latina.

Tem gente que não tem medo de fantasma e ainda vai à caça deles. É um grupo que percorre as ruas de São Paulo em busca de assombrações.

Tem gente dizendo que viu assombrações nas janelas. No final das contas, é o que todo mundo procura: conhecer as histórias da cidade e ainda viver fortes emoções. Conheça algumas dessas histórias de prédios assombrados.

Entrar no ônibus é como entrar em uma casa mal-assombrada. Os passageiros são todos caça-fantasmas, atrás de histórias onde estão vivas as lembranças dos mortos.

“É bom saber as histórias antigas e que a gente não conhece”, conta um homem.

“É mais por curiosidade. É o primeiro passeio que a gente está fazendo. A gente está querendo ser assombrados”, diz uma mulher.

A primeira parada é o Cemitério da Consolação. A reunião é na capela arquitetada por Ramos de Azevedo e de lá é a partida.




Foi possível ver túmulos de muitos homens que viraram nomes de rua: o jornalista Celso Garcia, o maestro Chiafarelli, o industrial da tecelagem Ricardo Jaffé, o conde Franco Matarazzo. O mausoléu do conde é o maior da América Latina: são 150 metros quadrados e cada metro quadrado nesse cemitério vale cerca de R$ 4 mil.

Mateus, de 11 anos, veio de Santos e queria conhecer um jazigo especial: da pintora modernista Tarsila do Amaral. “É muito interessante ver a história dela, estou achando o passeio ótimo”, diz.

O ônibus era o espelho da cidade. Do cemitério ele seguiu pelas ruas do Centro de São Paulo. O destino era o primeiro arranha-céu construído na cidade: o Edifício Martinelli, de 1929. Do alto, foi possível ver um retrato alto do planalto.




O segurança Francisco Rolim, quando faz a ronda para ver se está tudo fechado, não costuma olhar para trás, mas quando atravessa os corredores se arrepia inteiro. Durante uma noite, quando vinha apagar a luz de uma sala...

“Quando eu apaguei a luz e fiquei no escuro, um homem gritou: ‘tem gente trabalhando’. Eu corri e liguei a luz.

Fui procurar o homem na sala, que é grande e só tem mesa. Eu pensei que ele estava escondido embaixo de uma mesa para me assustar. Olhei mesa por mesa. Não havia ninguém”, conta o segurança Francisco.

Já estava começando a escurecer quando o ônibus chegou ao Castelinho da Rua Apa, local de um crime em 1937, que é mal explicado até hoje.




Os empregados encontraram os dois filhos e a mãe mortos a tiros. Os irmãos Lucas e Tiago se esticam tentando enxergar além da realidade.

“A coisa é feia. Ainda mais do jeito que está: todo depredado e destruído. Não dá coragem de entrar. Aqui fora está bom”, conta um dos rapazes.


Fonte: ANB/Globo.com

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