sábado, 9 de abril de 2011

Primeiro caso de arterosclerose foi encontrado em múmia de princesa egípcia


O primeiro caso conhecido de artérias obstruídas (ou aterosclerose) foi encontrado na múmia de uma princesa egípcia, que viveu entre 1580 e 1550 aC e provavelmente morreu por volta dos 40 anos.

Os pesquisadores sabem há tempos que os egípcios sofriam de acúmulo de placa nas artérias que irrigam o coração, mas as últimas descobertas, apresentadas esta semana em um congresso de cardiologia, sugerem que a síndrome pode ser mais predominante e misteriosa do que se pensava.

- Geralmente pensamos nas doenças cardíacas como consequência do estilo de vida moderno, mas estes dados apontam uma falha no nosso entendimento. Podemos não ser tão diferentes de nossos ancestrais - disse Gregory Thomas, da Universidade da Califórnia, Irvine.

Os pesquisadores fizeram tomografia computadorizada em 52 múmias egípcias para determinar a incidência da doença.

Das 44 que tinham as artérias detectáveis ou corações, 45% tinham acúmulo de cálcio nas paredes das veias, o que mostra que mesmo se os antigos egípcios tivessem uma dieta com menos carne e não fumassem, teriam as mesmas doenças do homem moderno.

- Estudos recentes mostraram que não fumar, manter os níveis de pressão e de colesterol faz com que a calcificação das artérias seja retardada - explicou o co-autor do estudo, Adel Allam, da Universidade do Cairo. - Por outro lado, por este estudo, os humanos têm predisposição à arterosclerose, o que nos faz pensar em medidas necessárias contra a doença.


Fonte: O Globo

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