Os pesquisadores sabem há tempos que os egípcios sofriam de acúmulo de placa nas artérias que irrigam o coração, mas as últimas descobertas, apresentadas esta semana em um congresso de cardiologia, sugerem que a síndrome pode ser mais predominante e misteriosa do que se pensava.
- Geralmente pensamos nas doenças cardíacas como consequência do estilo de vida moderno, mas estes dados apontam uma falha no nosso entendimento. Podemos não ser tão diferentes de nossos ancestrais - disse Gregory Thomas, da Universidade da Califórnia, Irvine.
Os pesquisadores fizeram tomografia computadorizada em 52 múmias egípcias para determinar a incidência da doença.
Das 44 que tinham as artérias detectáveis ou corações, 45% tinham acúmulo de cálcio nas paredes das veias, o que mostra que mesmo se os antigos egípcios tivessem uma dieta com menos carne e não fumassem, teriam as mesmas doenças do homem moderno.
- Estudos recentes mostraram que não fumar, manter os níveis de pressão e de colesterol faz com que a calcificação das artérias seja retardada - explicou o co-autor do estudo, Adel Allam, da Universidade do Cairo. - Por outro lado, por este estudo, os humanos têm predisposição à arterosclerose, o que nos faz pensar em medidas necessárias contra a doença.
Fonte: O Globo
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