Uma pesquisa feita por cientistas na Grã-Bretanha descobriu que as tarântulas expelem seda das suas patas para se fixarem em superfícies escorregadias.
A descoberta foi publicada na revista científica Journal of Experimental Biology.
A equipe fez uma experiência colocando as tarântulas da espécie Rosa Chilena (nome científico Grammostola rosea) em um tanque de vidro. Quando as tarântulas subiam pelas paredes do tanque, os cientistas chacoalhavam o recipiente, forçando o animal a tentar se segurar para não cair.
Pequenas lâminas de vidro colocadas na parede de vidro revelaram o segredo das tarântulas. Como todas as aranhas, elas possuem pelos nas patas, o que aumenta a aderência. No caso das tarântulas, elas possuem também um sistema que expele seda.
A teoria de que as aranhas usavam seda para aumentar a sua aderência a superfícies já havia sido publicada por pesquisadores alemães na revista científica Nature em 2006. No entanto, eles acreditavam que o material era expelido por órgãos especiais da tarântula que formam a seda.
Uma nova experiência, feita pela cientista Claire Rind e sua equipe na Universidade de Newcastle, testou a teoria alemã.
"Elas são criaturas incríveis, e elas têm essa forma linda de se movimentar que me fascinou", disse à BBC a pesquisadora.
"Nós não conseguíamos ver nenhum sinal da seda a olho nu, mas quando tiramos as lâminas e as examinamos em um microscópios, nós vimos até 30 linhas de seda no local onde a pata da tarântula havia derrapado."
Em outra fase da experiência, os cientistas determinaram que a seda foi expelida das patas da tarântula.
Para isso, eles contaram com ajuda de uma tarântula de estimação da cientista, chamada de Fluffy. As tarântulas trocam de pelo com regularidade, e os cientistas examinaram o pelo antigo de Fluffy e de outras tarântulas envolvidas na experiência.
Nos pelos microscópicos que são soltos pelas patas das tarântulas, os cientistas acharam pequenas estruturas que produzem seda.
Fonte: BBC
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