sexta-feira, 13 de maio de 2011

Paleontólogos escavam fósseis de titanossauro no Triângulo Mineiro

Ilustração: Rodolfo Ribeiro

Segundo diretor de centro de pesquisas, fósseis ficaram visíveis após chuvas. Equipe descobriu uma espécie nova na mesma região, em 2004.

Um grupo de paleontólogos começou, na quarta-feira (11), as escavações dos fósseis de um titanossauro encontrados às margens da BR-050, entre Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

De acordo com Luiz Carlos Ribeiro, diretor do Centro de Pesquisas Paleontológicas L. I. Price, os ossos foram vistos devido às fortes chuvas que atingiram a região nos primeiros meses de 2011 e fizeram com que parte da terra cedesse no local.

Segundo ele, o trabalho no sitio arqueológico começou depois que as rochas secaram, pois a umidade poderia provocar novos deslizamentos e danificar os fósseis.

De acordo com o diretor, outras escavações foram realizadas no mesmo local entre 2004 e 2006. Na época, mais de 300 toneladas de rocha foram retiradas e cerca de 200 fósseis, encontrados.

Os ossos descobertos pelos paleontólogos pertenciam a uma nova espécie de titanossauro, batizado pelo grupo de pesquisadores como Uberabatitan ribeiroi.

O nome também é uma homenagem ao diretor Luiz Carlos Ribeiro. Segundo ele, a espécie é a maior já encontrada no Brasil.

O pesquisador informou que a retirada dos fósseis visíveis deve durar aproximadamente 12 dias, mas, caso novos ossos sejam encontrados, o trabalho deve se prolongar.

De acordo com ele, o grupo vai escavar uma área de 12 metros cúbicos, sendo que cerca de 30 toneladas de rocha devem ser removidas.

Para Luiz Carlos, os fósseis se assemelham aos encontrados em 2004, mas a expectativa é que possam ser partes de uma nova espécie.




Segundo o diretor, a região tem diversos sítios arqueológicos e, em seguida, outros oito locais devem ser escavados pelos profissionais.

Entre os ossos encontrados, existe um fêmur e outro que se parece com uma tíbia. De acordo com o diretor, a partir das descobertas anteriores, réplicas e reconstruções digitais dos animais foram feitas.

Com as novas descobertas, proporções e formatos dos fósseis podem ser alterados caso estejam diferentes e dar aos pesquisadores uma nova perspectiva sobre a espécie.

Depois de serem recolhidos, os fósseis vão ser encaminhados para o centro de pesquisas. Lá, eles serão limpos e estudados.



Fonte:
G1

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