segunda-feira, 13 de junho de 2011

1886: Morria Ludwig 2º, o monarca dos belos castelos da Baviera

Ludwig 2º da Baviera


No dia 13 de junho de 1886, morria misteriosamente nas águas do lago Starnberger See, o rei Ludwig 2º da Baviera, Entre os castelos alemães, o de Neuschwanstein bate todos os recordes de preferência junto aos turistas.

Demora meia hora o percurso a pé de Schwangau, nas proximidades da cidade de Füssen, a um pulo da fronteira com a Áustria, até o Castelo de Neuschwanstein, que parece saído das páginas de um livro de contos de fadas.

Mas conhecer e encantar-se com o kitsch da suntuosa residência que o rei Ludwig 2º mandou construir no topo dos penhascos faz parte da agenda não só de turistas asiáticos.



Castelo de Neuschwanstein


Todo viajante de passagem pela Alemanha quer conhecer o Castelo de Neuschwanstein, da mesma forma que a cervejaria Hofbräuhaus em Munique, ou a romântica cidade de Heildelberg.

Hipersensível, o rei da Baviera Ludwig 2º (1845–1886) viveu e governou entre os sonhos românticos de soberania e as coações de uma monarquia moderna.

Os inúmeros castelos que mandou construir na paisagem da Alta Baviera, entre a região do Ammergau e os Alpes do Allgäu, são expressão do desejo frustrado de concentrar o poder em suas mãos, como um autocrata dos velhos tempos.

Nascido no Castelo de Nymphenburg, em Munique, Ludwig 2º passou os primeiros anos de vida em Hohenschwangau, o castelo neogótico do pai, o rei Maximilian 2º. Herrenchiemsee, a réplica de Versailles construída numa ilha no lago de Chiemsee, simboliza mais do que qualquer outro edifício o desvario de Ludwig 2º pela majestade derivada de um "direito divino" segundo os moldes da França no século 17.

Linderhof, construído no local em que Maximilian 2º tinha um pavilhão de caça, foi construído entre 1870 e 1872 em forma de "U", cuja ala central é formada por um dormitório gigantesco.

Neuschwanstein, construído a partir de 1868 "no estilo genuíno dos antigos burgos de cavaleiros medievais", conforme o próprio Ludwig 2º escreveu ao compositor Richard Wagner, marca o capítulo final da vida do rei.

Foi de lá que ele partiu para uma viagem sem retorno, poucos dias depois de ser destronado em consequência de seus problemas mentais.

Os médicos haviam atestado que ele sofria de esquizofrenia paranoica. Ele morreu misteriosamente nas águas do Würmsee (hoje Starnberger See), em 13 de junho de 1886, juntamente com o médico que o acompanhara de Neuschwanstein para o Castelo de Berg, às margens do lago.


Fonte: Deutsche Welle

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