O Museu de História Natural de Stuttgart, na Alemanha, apresentou nesta terça-feira o fóssil de um inseto recentemente descoberto, o "Chimaera fly".
O fóssil tem 120 milhões de anos e pode levar a uma nova percepção sobre a evolução dos insetos.
Os cientistas alemães do Museu de História Natural de Stuttgart descobriram uma nova ordem - categoria situada entre a classe e o grupo, e subdividida em famílias - de insetos do Cretáceo Inferior da América do Sul - período entre 145,5 milhões e 99,6 milhões anos atrás.
Os fósseis foram chamados de Coxoplectoptera pelos autores, numa edição especial da revista científica "Insect Systematics & Evolution". O estudo está ajudando a saber mais sobre a evolução dos insetos.
A pesquisa, liderada por Arnold H. Staniczek e Günter Bechly, concluiu que os fósseis encontrados são parentes extintos da atual espécie de inseto alado chamado Efêmeras, que se caracterizam por corpo delgado, asas posteriores muito curtas e abdômen prolongado; vivem no máximo três dias e são um dos pratos preferidos de animais que habitam água doce parada ou rios de curso lento.
A Coxoplectoptera, porém, difere bastante das atuais Efêmeras e de todos os outros insetos conhecidos, em anatomia e modo de vida.
Isto foi observado nos estudos graças à descoberta de espécimes adultos alados e larvas em excelente estado de conservação.
Assim os pesquisadores conseguiram esclarecer a posição filogenética - história evolucionária - destes animais e apresentaram uma nova hipótese sobre as relações entre insetos alados.
Equipado com veias em asas características das Efêmeras, peito e asa semelhante ao da libélula, e as patas de um louva-deus, estes insetos parecem uma colcha de retalhos de vários animais. As larvas, no entanto, lembram camarões de água doce.
E o seu estilo de vida é um grande enigma: as pistas sugerem que viviam num habitat fluvial. E a sua anatomia única indica que estes insetos eram predadores que atacavam em emboscadas e viviam parcialmente no leito escavado de rios.
O trabalho dos pesquisadores alemães também fornece mais dados para o antigo e polêmico debate sobre a origem evolutiva das asas de insetos.
Cientistas presumem que as asas se desenvolveram na caixa torácica, enquanto genes das patas foram recrutados para o seu funcionamento.
Fonte: Folha.com/ O Globo Online
Um comentário:
Achei um inseto em minha casa idêntico a este segundo desenho. Ele parece um camarão. E acho estranho porque sempre vejo eles mortos. Principalmente os filhotes. Mas recentemente achei um maior e procurei na net, e quando vi ele é idêntico a está imagem.
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