terça-feira, 19 de julho de 2011

Museu apresenta fóssil de inseto recém-descoberto

Fóssil de 120 milhões de anos está conservado e pode dar indícios sobre a evolução dos insetos

O Museu de História Natural de Stuttgart, na Alemanha, apresentou nesta terça-feira o fóssil de um inseto recentemente descoberto, o "Chimaera fly".

O fóssil tem 120 milhões de anos e pode levar a uma nova percepção sobre a evolução dos insetos.

Os cientistas alemães do Museu de História Natural de Stuttgart descobriram uma nova ordem - categoria situada entre a classe e o grupo, e subdividida em famílias - de insetos do Cretáceo Inferior da América do Sul - período entre 145,5 milhões e 99,6 milhões anos atrás.

Os fósseis foram chamados de Coxoplectoptera pelos autores, numa edição especial da revista científica "Insect Systematics & Evolution". O estudo está ajudando a saber mais sobre a evolução dos insetos.

A pesquisa, liderada por Arnold H. Staniczek e Günter Bechly, concluiu que os fósseis encontrados são parentes extintos da atual espécie de inseto alado chamado Efêmeras, que se caracterizam por corpo delgado, asas posteriores muito curtas e abdômen prolongado; vivem no máximo três dias e são um dos pratos preferidos de animais que habitam água doce parada ou rios de curso lento.



A Coxoplectoptera, porém, difere bastante das atuais Efêmeras e de todos os outros insetos conhecidos, em anatomia e modo de vida.

Isto foi observado nos estudos graças à descoberta de espécimes adultos alados e larvas em excelente estado de conservação.

Assim os pesquisadores conseguiram esclarecer a posição filogenética - história evolucionária - destes animais e apresentaram uma nova hipótese sobre as relações entre insetos alados.

Equipado com veias em asas características das Efêmeras, peito e asa semelhante ao da libélula, e as patas de um louva-deus, estes insetos parecem uma colcha de retalhos de vários animais. As larvas, no entanto, lembram camarões de água doce.



E o seu estilo de vida é um grande enigma: as pistas sugerem que viviam num habitat fluvial. E a sua anatomia única indica que estes insetos eram predadores que atacavam em emboscadas e viviam parcialmente no leito escavado de rios.

O trabalho dos pesquisadores alemães também fornece mais dados para o antigo e polêmico debate sobre a origem evolutiva das asas de insetos.

Cientistas presumem que as asas se desenvolveram na caixa torácica, enquanto genes das patas foram recrutados para o seu funcionamento.


Fonte: Folha.com/ O Globo Online

Um comentário:

Unknown disse...

Achei um inseto em minha casa idêntico a este segundo desenho. Ele parece um camarão. E acho estranho porque sempre vejo eles mortos. Principalmente os filhotes. Mas recentemente achei um maior e procurei na net, e quando vi ele é idêntico a está imagem.

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