quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Paleontólogo quer apontar animal que teria deixado pegadas fósseis em MS

Paleontólogo Diógenes Campos, do Museu de Ciências da Terra, visita Nioaque (Foto: Divulgação/DNPM)

Diógenes Campos visitou sítio em Nioaque na quinta-feira (28). Pesquisador acredita que vestígios podem ser de dinossauros.

O paleontólogo Diógenes Campos, do Museu de Ciências da Terra, esteve na quinta-feira (28) em Nioaque, a 170 quilômetros de Campo Grande, para investigar a existência de vestígios fósseis que podem ter sido deixados por dinossauros há 130 milhões de anos.

Acompanhado dos pesquisadores Irma Yamamoto e Rodrigo Machado, o estudioso viajou a Mato Grosso do Sul a convite do Departamento Nacional de Produção Mineral.

O sítio paleontológico de Nioaque é conhecido desde o final da década de 1980, quando foi descoberto pelo professor Gilson Martins, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. O local situa-se às margens do rio Nioaque, próximo ao trecho que corta o perímetro urbano.

Diógenes disse que as possíveis pegadas possuem grande valor científico e ajudam a colocar Mato Grosso do Sul na rota dos estudos sobre paleontologia. O sítio também oferece possibilidades de exploração turística.

"O local é fantástico, muito bonito para visitação. Mas para que as pessoas possam conhecer, é preciso montar uma infraestrutura adequada para proteger esses vestígios", comenta.

A ação das águas do rio - que segundo os pesquisadores formou-se geologicamente depois da rocha - pode provocar erosões, além da eventual presença humana.


Formação de pegadas em rocha intriga pesquisadores (Foto: Divulgação/DNPM)


Os cientistas trabalham com a hipótese de que Mato Grosso do Sul tenha feito parte de um grande deserto pré-histórico, que abrangeu os atuais territórios de São Paulo, Paraná e Minas Gerais.

A convicção de que os vestígios são datados do período Cretáceo, segundo Diógenes, pode ser obtida pela análise da composição da rocha e também pelo conhecimento já adquirido sobre o assunto.

O próximo passo, segundo o estudioso, é tentar apontar qual ser teria produzido as pegadas. "Tem de estudar que tipo de dinossauro pode ter sido. É algo complexo, que para ser concluído pode levar um dia ou nunca", diz Diógenes, que trabalha há 43 anos em paleontologia.


Fonte: G1

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