Análise do esmalte do dente de saurópodes mostrou que animais beberam água tanto de regiões litorâneas quanto de montanhas.
Há 150 milhões de anos, os animais, mais altos que um prédio de cinco andares, abandonavam regiões litorâneas no verão e se direcionavam para terras mais altas.
A viagem em busca de comida poderia durar até cinco meses, quando eles retornavam no inverno.
A comprovação da antiga teoria de que dinossauros eram espécies migratórias só foi possível agora a partir da análise do esmalte do dente de 32 saurópodes.
O estudo em fósseis de Camarasaurus de duas localidades diferentes revelou pistas sobre características químicas da água bebida por eles alguns meses antes de morrerem.
Os vestígio de grande variabilidade de água encontrados no estudo são consequência de que os dinossauros habitaram diferentes lugares com diferentes fontes de água, em um pequeno período de tempo.
“Nossa observação mais básica mostrou que os Camarasaurs beberam água proveniente da região de terras altas, diferente do terreno litorâneo onde os fósseis foram encontrados”, disse ao iG Henry Fricke da Colorado College e autor principal do estudo publicado hoje no periódico científico Nature.
Os Camarasaurus estudados deviam pesar aproximadamente 14 mil quilos e mediam entre 5 e 15 metros. No entanto, espécies maiores de Camarasaurus alcançavam 23 metros e pesavam até 47 quilos.
A equipe de pesquisadores usou brocas para remover pequenas amostras do esmalte do dente dos dinossauros fossilizados e mediram a proporção de isópodos de oxigênio no esmalte.
“A superfície da água em rios e lagos varia de acordo com a geografia, o que significa que as proporção de isótopos de oxigênio é diferente entre águas de terras baixas e montanhas, por exemplo”, explicou ao iG Marie Hoerner, doutoranda do Colorado College que teve o trabalho como parte de sua tese.
Os pesquisadores puderam estimar que os dinossauros deviam ter percorrido cerca de 300 km baseado no trabalho de geólogos que reconstruíram como seria a região onde os fósseis foram encontrados, durante o período Jurássico. A montanha mais próxima estava exatamente a 300 km de distância.
Fonte: IG
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