O cometa “Elenin”, que de acordo com os apologistas do fim do mundo seria a causa do apocalipse, acabou por destruir-se.
O papel fatal no destino deste cometa foi desempenhado pela sua proximidade do Sol. Foi o cientista russo Leonid Elenin, – o descobridor deste cometa, – quem deu esta informação.
No dia 16 de outubro o cometa “Elenin” devia aproximar-se ao máximo da Terra – a distância entre os dois corpos celestes seria de 0,23 unidades astronômicas, isto é, 34,9 milhões de quilômetros. Foi isso que deu origem à febre apocalíptica.
Afirmava-se que em 2012 por causa disso no nosso planeta devia ocorrer uma catástrofe global. O astrônomo argentino Sergio Toscano chegou a ameaçar o mundo com uma invasão de extraterrestres afirmando que o cometa era na realidade uma nave dos extraterrestres e não um corpo celeste.
Leonid Elenin, que tinha descoberto este cometa em 2010, chamava estas idéias delirantes e agora está satisfeito com o fim de todo este alarme anticientífico.
Está claro já agora que esta não era uma nave extraterrestre. Mesmo muitos adeptos da ufologia compreenderam que o cometa tinha se desmoronado e que os cientistas tinham razão.
Ele não acarretou nenhuma catástrofe, os pólos da Terra não mudaram de posição, o cometa não chocou de encontro à Terra nem trouxe extraterrestres.
Leonid Elenin aponta que algo semelhante já acontecera em 1997, quando o mundo aguardava a vinda de naves espaciais que chegariam à Terra atrás do cometa Hale-Bopp.
Mas este corpo celeste passou bem longe do nosso planeta, sem nenhuma conseqüência para a humanidade.
Aliás, o cientista afirmava que se o cometa que ele tinha descoberto colidisse com a Terra, a catástrofe seria inevitável.
Mas os astrônomos conheciam bem a órbita do cometa “Elenin” e todos sabiam que ele iria passar a uma distância de quase 35 milhões de quilômetros do nosso planeta, o que supera 90 vezes a distância entre a Terra e a Lua.
Depois de passar o periélio, isto é, o ponto da órbita mais próximo do Sol, o cometa não apareceu mais nas fotografias do observatório cósmico solar SOHO.
Ainda antes disso, astrônomos-amadores da Austrália constataram a diminuição brusca do seu brilho.
Estes eventos fizeram os especialistas falar de sua “morte prematura”. “É evidente que o papel fatal no destino deste hóspede celeste foi desempenhado pela proximidade do Sol”, – explicou Leonid Elenin.
Historicamente, os cometas têm sido considerados percursores de cataclismos, mas nós não vivemos no século XVII ou XVIII, estamos, sim, no século XXI, por isso está na hora de renunciar à concepção medieval dos cometas e compreender que eles não são de maneira nenhuma portadores de maus presságios.
Fonte: Voz da Rússia
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