Imagine uma sala cheia de gente se movimentando e gritando ao mesmo tempo. Em um ambiente como esse, encontrar alguma pessoa escondida em algum canto pode ser uma tarefa bastante difícil. Tem sido assim o estudo da Via Láctea.
A enorme quantidade de estrelas, satélites naturais e outros corpos celestes muitas vezes impede os cientistas de prestar atenção em alguns pequenos detalhes da galáxia.
Dessa forma, a observação de alguns fenômenos só se torna possível com uma visão do quadro completo, visto bem de longe.
Foi o que fizeram pesquisadores norte-americanos. Com ajuda das sondas Voyager, que enviam imagens do espaço interestelar, eles conseguiram pela primeira vez observar na galáxia em que a Terra se encontra um fenômeno conhecido linha Lyman-alfa. A novidade está na revista Science de hoje.
O fenômeno atômico é gerado quando há uma transição de elétrons entre os níveis de energia primeira e segunda do hidrogênio, e até agora só pôde ser visto durante a formação de estrelas em galáxias distantes.
As observações da linha Lyman-alfa na Via Láctea têm sido dificultadas pela dispersão de fótons pelo gás hidrogênio, abundante no Sistema Solar. Além disso, a energia emitida pelo Sol impedia a visualização desse raro fenômeno.
“No desejo de compreender os fenômenos no universo distante, os astrônomos muitas vezes não estudam o universo próximo”, comentou o pesquisador Jeffrey Linsky, da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos.
A pesquisa se tornou possível graças às imagens das sondas Voyager 1 e 2, lançadas pela Nasa em 1977 para analisar os arredores de Plutão.
Após cumprirem suas missões em 1990, as duas naves foram reprogramadas para fora do Sistema Solar, em uma região chamada espaço interestelar.
Fora da ação incandescente do Sol, os aparelhos detectaram as linhas Lyman-alfa e verificaram sua origem: a maioria vem de estrelas recém-nascidas em regiões vizinhas à galáxia.
Os pesquisadores acreditam que a inédita detecção do fenômeno da Via Láctea deve ajudá-los a entender melhor as detecções em outras galáxias, além de compreender a formação de novas estrelas.
“Estudos de fenômenos do universo distante muitas vezes fornecem um trunfo para questões menos emocionantes, como testar nossas técnicas de análise observando alvos próximos”, afirmou Linsky.
“Os resultados demonstram que, com os dados da Voyager, podemos adquirir informações exclusivas sobre os gases interestelares e as galáxias”, completa.
Fonte: Correio Brasiliense
A enorme quantidade de estrelas, satélites naturais e outros corpos celestes muitas vezes impede os cientistas de prestar atenção em alguns pequenos detalhes da galáxia.
Dessa forma, a observação de alguns fenômenos só se torna possível com uma visão do quadro completo, visto bem de longe.
Foi o que fizeram pesquisadores norte-americanos. Com ajuda das sondas Voyager, que enviam imagens do espaço interestelar, eles conseguiram pela primeira vez observar na galáxia em que a Terra se encontra um fenômeno conhecido linha Lyman-alfa. A novidade está na revista Science de hoje.
O fenômeno atômico é gerado quando há uma transição de elétrons entre os níveis de energia primeira e segunda do hidrogênio, e até agora só pôde ser visto durante a formação de estrelas em galáxias distantes.
As observações da linha Lyman-alfa na Via Láctea têm sido dificultadas pela dispersão de fótons pelo gás hidrogênio, abundante no Sistema Solar. Além disso, a energia emitida pelo Sol impedia a visualização desse raro fenômeno.
“No desejo de compreender os fenômenos no universo distante, os astrônomos muitas vezes não estudam o universo próximo”, comentou o pesquisador Jeffrey Linsky, da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos.
A pesquisa se tornou possível graças às imagens das sondas Voyager 1 e 2, lançadas pela Nasa em 1977 para analisar os arredores de Plutão.
Após cumprirem suas missões em 1990, as duas naves foram reprogramadas para fora do Sistema Solar, em uma região chamada espaço interestelar.
Fora da ação incandescente do Sol, os aparelhos detectaram as linhas Lyman-alfa e verificaram sua origem: a maioria vem de estrelas recém-nascidas em regiões vizinhas à galáxia.
Os pesquisadores acreditam que a inédita detecção do fenômeno da Via Láctea deve ajudá-los a entender melhor as detecções em outras galáxias, além de compreender a formação de novas estrelas.
“Estudos de fenômenos do universo distante muitas vezes fornecem um trunfo para questões menos emocionantes, como testar nossas técnicas de análise observando alvos próximos”, afirmou Linsky.
“Os resultados demonstram que, com os dados da Voyager, podemos adquirir informações exclusivas sobre os gases interestelares e as galáxias”, completa.
Fonte: Correio Brasiliense
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