terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Arqueólogos subaquáticos encontram vestígios de naufrágios

Vestígios podem pertencer a embarcações do século XVIII (Foto: Câmara Municipal de Cascais)

Fronteira entre Cascais e Oeiras 'esconde' informação histórica.

Um grupo de arqueólogos encontrou vestígios de naufrágios que poderão pertencer a embarcações do século XVIII no fundo do mar ao largo de São Julião da Barra, localizado na fronteira entre Cascais e Oeiras.

O mistério do fundo do mar entre a Guia (Cascais) e São Julião da Barra (Oeiras) começou já a ser desvendado por um grupo de especialistas que, desde há cerca de um ano, se dedica à arqueologia subaquática.

Suspeitando de que este sítio à entrada do Tejo é um arquivo escondido de informação histórica, António Fialho, do departamento de Patrimônio e Museus Municipais da Câmara Municipal de Cascais, José Bettencourt e Jorge Freire, do Centro de História de Além-Mar da Universidade Nova, iniciaram uma campanha para recolher todo o tipo de informação histórica.

“Havia evidências significativas e portanto decidimos explorar e confirmamos que há um potencial enorme ainda a explorar”, afirmou à Agência Lusa o coordenador científico da campanha, José Bettencourt, à margem da apresentação dos primeiros resultados do projeto que se realizou no Museu do Mar, em Cascais.

Terminados os primeiros cinco meses de investigação, já foram recuperados vários materiais, entre os quais “uns que poderão estar relacionados com barcos naufragados do século XVIII”, adianta o responsável.

Além disso, a equipe de seis mergulhadores conseguiu apurar cerca de 30 vestígios de naufrágios e mais de uma centena de 'cachopos'.

O objetivo da investigação, intitulada de ‘Carta Arqueológica Subaquática’, é fazer o levantamento “gráfico, fotográfico e georreferenciado de pormenor dos vestígios visíveis mais relevantes”.

Os especialistas, que já contam com cerca de 60 mergulhos, prometem continuar a investigação e explorar outros pontos ainda desconhecidos que indicam outras possíveis revelações históricas.





Fonte:
Ciência Hoje

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