Com até dois centímetros de comprimento, elas provavelmente conviveram com eles antes de mudar seu foco para mamíferos e aves.
Pulgas estão longe de ser um incômodo contemporâneo. Estudos genéticos mostram que os parasitas já afligiam ancestrais de mamíferos, aves e até dinossauros. E uma nova descoberta de fósseis, encontrados na China, acaba de confirmar isso.
Diying Huang, da Academia Nacional de Ciências da China descobriu fósseis de pulgas gigantes, datadas do período Jurássico Médio, que aconteceu há cerca de 175 milhões de anos.
Huang descreveu seu achado na edição desta semana do periódico científico Nature. Elas são tão grandes que oito pulgas atualis caberiam no dorso de uma de uma das "pulgas jurássicas".
“Esta descoberta dá um belo panorama de um parasita da era Mesozóica. As pulgas do Jurássico Médio são os fósseis mais antigos conhecidos da espécie. Os mamíferos neste período eram pequenos. Se estas pulgas quisessem tê-los como hospedeiros teriam que se esconder em seus ninhos. Elas podem ter parasitado alguns dinossauros devido à estrutura de sua boca que poderia penetrar facilmente na pele deles”, explicou ao iG Diying Huang, da Academia Nacional de Ciências da China, um dos autores do artigo.
O pesquisador acredita que essas pulgas antigas possam ter favorecido dinossauros com penas, antes de migrar para mamíferos e aves.
As pulgas gigantes tinham algumas características diferentes das atuais. Por exemplo, o tamanho -- mediam entre 1, 4 e 2 centímetros (a fêmea) e 0,8–0,15 centímetros (o macho) – e o tamanho do sifão que usavam para perfurar a pele dos hospedeiros, que é muito maior do que os das pulgas atuais. Os sifões também tinham bordas serradas, para facilitar.
A primeira pulga gigante do início do período Cretáceo foi encontrada por Diying em 2008. “Sabia que ela era importante, mas não fiquei muito surpreso porque um fóssil similar um pouco mais recente havia sido encontrado na Austrália há muitos anos.
Fiquei realmente animado quando encontrei as pulgas do Jurássico Médio seis meses depois. Embora tenha trabalhado na região por mais de 10 anos e tenha visto mais de 20 mil espécies diferentes, nunca havia encontrado nenhum traço da existência de pulgas.
Ninguém sabia até então como elas eram neste período. Em uma outra viagem, no início de 2009, encontrei a maioria do restante das pulgas. De lá para cá não achei mais nada embora tenha tentado muito”, afirmou ele.
Fonte: IG
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