quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Floresta mais antiga do mundo era mais diversa do que se pensava

Imagem reproduz como seria a antiga floresta Gilboa (Foto: Frank Mannolini/Nature)


Pesquisa traz novos e importantes dados sobre a evolução das plantas. Fósseis foram encontrados no estado norte-americano de Nova York.

Uma pesquisa publicada nesta quarta-feira (29) pela revista “Nature” traz uma análise da floresta fossilizada mais antiga do mundo.

É uma área de cerca de 1,2 mil metros quadrados, situada no estado norte-americano de Nova York, onde viveram árvores bem diferentes das que existem hoje em dia.

O estudo revelou uma diversidade de espécies maior do que se imaginava e trouxe novos e importantes dados sobre a evolução das plantas.

Na década de 1920, foram descobertos pedaços de tronco fossilizados na escavação de uma pedreira, de onde se retiravam rochas para a construção de uma barragem.

Esse fóssil – chamado de árvore de Gilboa, que era o nome da barragem – foi retirado e a pedreira foi preenchida novamente com terra.

Até recentemente, essas peças de museu eram a única fonte de informações dos cientistas. Em 2010, obras de manutenção da represa abriram a área novamente, e permitiram o trabalho da equipe na região, que levou ao mapeamento da floresta pré-histórica.

Quando os pesquisadores conseguiram fazer essa análise, descobriram que a floresta não tinha apenas as árvores de Gilboa.


Estudo da floresta pré-histórica foi feito com análise de rochas (Foto: William Stein/Divulgação)


Além dessas árvores de grande porte – semelhantes a palmeiras –, eles encontraram outras duas espécies menores no entorno, o que foi uma surpresa.

“Tudo isso demonstra que a ‘floresta mais antiga’ em Gilboa era muito mais complexa ecologicamente do que suspeitávamos, e provavelmente continha mais carbono na madeira do que sabíamos antes. Isso permitirá uma especulação mais refinada sobre a maneira como a evolução das florestas mudou a Terra”, afirmou Chris Berry, um dos autores do estudo, em material divulgado pela Universidade de Cardiff, no País de Gales, onde ele trabalha.



Fonte: G1

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