Descoberta foi feita com base no sequenciamento completo do genoma de Ötzi, uma múmia de 5300 anos encontrada nos Alpes.
Ötzi, o caçador que viveu há 5,3 mil anos e ficou conhecido como o "Homem do Gelo" tinha olhos castanhos, sangue tipo O e era intolerante a lactose.
A conclusão é de pesquisadores liderados por Albert Zink, da Academia Europeia de Bolzano, na Itália.
“Ficamos surpresos com a cor dos olhos, pois acreditava-se que ele tinha olhos azuis. Já o grupo sanguíneo e a intolerância a lactose não nos surpreenderam. A mudança de intolerante para tolerante na Europa começou no Neolítico, mas demorou centenas de milhares de anos para se completar. Consequentemente era esperado que o Homem de Gelo tivesse essa característica”, afirmou Zink ao iG.
O trabalho, publicado nesta terça-feira (28) no periódico científico Nature Communications, também desvendou outras características de Ötzi.
“Estávamos buscando a descendência dele e checamos a predisposição a doenças. Descobrimos que ele tinha mutações genéticas que levavam a uma maior predisposição a doenças do coração”, explicou Zink.
Isso confirmou o que uma uma tomografia já havia revelado: o Homem do Gelo tinha calcificação na aorta, na carótida e na ilíaca.
No quesito descendência, a conclusão foi de que o homem de gelo é provavelmente um ancestral dos habitantes do mar Tirreno, em especial da Córsega e da Sardenha.
Ao sequenciar o genoma do Homem do Gelo, os pesquisadores detectaram ainda a presença de um pedaço do genoma da bactéria Borrelia burgdorferi, responsável pela doença de Lyme, o que sugere que Otiz podia estar infectado por ela quando morreu.
O homem de gelo foi descoberto em 1991 nos Alpes Italianos por uma dupla de alpinistas.
Fonte: IG
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