O animal, que vive em águas profundas, tem aproximadamente 40 centímetros de comprimento.
Cientistas da Academia de Ciências da Califórnia, nos Estados Unidos, identificaram uma nova espécie de tubarão.
Ela foi encontrada na região das ilhas Galápagos, vivendo em águas profundas - entre 400 a 600 metros abaixo da superfície. A espécie recém-descrita (Bythaelurus giddingsi) foi apresentada na edição de 5 de março da revista Zootaxa.
O animal tem aproximadamente 40 centímetros de comprimento e uma coloração marrom, com pequenas manchas pálidas, irregularmente distribuídas em seu corpo, lembrando a pele de uma onça-pintada.
Os padrões, segundo os pesquisadores, parecem ser únicos para cada indivíduo. Ele pertence à família Scyliorhinidae, a mesma do tubarão conhecido no Brasil como pata-roxa (Scyliorhinus canicula), uma das menores e mais abundantes no Atlântico.
"A descoberta de uma nova espécie de tubarão é sempre interessante, especialmente neste momento em que os tubarões estão enfrentando uma incrível pressão", conta John McCosker, presidente do setor de Biologia Aquática da Academia e coordenador da pesquisa.
"Muitas espécies se tornaram localmente raras e outras estão em vias de extinção devido a intensa captura de animais para abastecer o comércio de barbatanas", diz.
A primeira expedição científica da Academia de Ciências da Califórnia pelas ilhas Galápagos ocorreu em 1905. Desde então, diversas viagens foram realizadas.
Como resultado, a instituição hoje é lar da maior coleção do mundo de espécimes científicos originários dessa região. Dezenas de novas espécies marinhas foram descobertas pela Academia nas últimas décadas.
Nos anos 1990, McCosker realizou uma série de mergulhos a bordo do veículo submersível Johnson Sea Link para explorar a vida marinha no arquipélago.
Estes submarinos permitem aos cientistas explorarem uma vasta parte de Galápagos que não era acessível a Charles Darwin, por exemplo, que esteve na região quando viajou pelo mundo no navio Beagle, de 1831 a 1836.
McCosker coletou sete exemplares do novo animal em expedições realizadas no local em 1995 e 1998, mas só conseguiu identificá-los como uma espécie inédita agora.
Fonte: Veja
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