Em todas as partes do mundo, as pessoas sempre buscaram uma forma de dar
ordem ao caos. Até o dia 29 de julho, o Muse du Quai Branly de Paris
apresenta uma exposição dedicada aos ''mestres da desordem'', que podem
ser deuses, xamãs, bruxos de vudu e até mesmo artistas contemporâneos.
A mostra Mestres da Desordem, em cartaz no Musée du Quai Branly, de
Paris, explora a noção de desordem no mundo e aqueles que tentam conter o
caos por meio da magia, rituais sagrados e festas populares.
Os 300 objetos apresentados foram selecionados ao longo de três anos,
muitos deles raramente saíram dos museus a que pertencem. Eles permitem
ao visitante viajar no tempo, desde a Antiguidade até a época atual e
viajar também pelo mundo, desde o Japão ao Brasil, passando pelo Congo e
a Rússia. A foto mostra um objeto de culto da Sibéria.
A exposição destaca vestes e adereços de
xamãs, bruxos de vodu e gurus de diferentes partes do mundo, que tentam
negociar com as forças do caos - os chamados ''mestres da desordem'',
que dão título à mostra.
A imperfeição do mundo e o caos se materializam por meio de catástrofes
naturais e efermidades. Em todas as civilizações mundiais existe a
percepção de uma luta entre a ordem e a desordem, os deuses e os
demônio, a força vital e o caos que deu oirgem a tudo. Na imagem, vê-se
uma máscara de China Supay, da Bolívia.
Entre os destaques estão objetos,
fantasias e peças pertencentes a grandes coleções de antropologia, bem
como obras de artistas contemporâneos, como Annette Messager,
Jean-Michel Alberola e Hirschhorn Thomas.
Na visita, o público se depara com a desordem do mundo, em seguida, com
os trajes daqueles que tentaram contornar o caos, como bruxos de vodu e
xamãs. Há também menções a festas coletivas, como bacanais da
Antiguidade e a festas coletivas como os Carnavais, que permitem
suspender a ordem social por um tempo. Na foto, uma estátua mágica da
África.
''Convidamos o visitante a uma verdadeira viagem de iniciação'', afirmou
Adam-Couralet. Por meio dos sons dos vídeos da mostra, o público entra
em um universo paralelo e se depara com diferentes imagens do caos e de
tentativas de contê-lo, segundo diferentes culturas mundiais.
O visitante tem a sensação de se perder em um labiritino, que é a estrutura metálica da exposição
Depois de Paris, a mostra segue para Bonn,
na Alemanha, onde será exibida de 31 de agosto a 2 de dezembro de 2012,
e para Madri, na Espanha, onde ficará em cartaz entre 7 de fevereiro e
19 de maio de 2013.
Fonte: BBC
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