Telescópios construídos na Austrália Mike Hutchings/Reuters
O maior e mais avançado radiotelescópio do planeta, capaz de detectar
sinais de vida extraterrestre em lugares distantes do universo, será
dividido entre locais na África do Sul, Austrália e Nova Zelândia.
A decisão de dividir os locais de instalação do "Square Kilometer
Array" (SKA), um projeto de 2 bilhões de dólares, surgiu depois de
fortes esforços de lobby dos dois principais candidatos -a África do
Sul, de um lado, e a parceria entre Austrália e Nova Zelândia, do outro.
Os cientistas que comandam o projeto rejeitaram a sugestão de que a
decisão de adotar localização dividida significava que conveniências
políticas haviam prevalecido diante da ciência.
"Estamos todos cientes das dimensões políticas disso", disse Jon
Womersley, presidente do conselho da organização SKA, mas acrescentou
que "é uma maneira cientificamente motivada de ir em frente".
Quando concluído, em 2024, o telescópio será formado por três mil
discos de antenas, cada um com 15 metros de diâmetro, e por muitas
outras antenas individuais; o conjunto todo propiciará uma superfície de
recepção de um quilômetro quadrado.
Varrendo o céu 10 mil vezes mais rápido e com sensibilidade 50 vezes
maior que a de qualquer outro telescópio, o novo sistema será usado para
estudar as origens do universo e será capaz de detectar sinais fracos
que podem indicar a presença de vida extraterrestre. A primeira fase de construção deve começar em 2016.
A decisão foi anunciada durante uma reunião do consórcio internacional
que controla o projeto, sexta-feira no aeroporto de Schipol, Holanda.
Fonte: UOL
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