Bicentenário
Argentino
Pesquisadores argentinos anunciaram nesta terça-feira a descoberta de uma nova espécie de dinossauro carnívoro, que pode contribuir para novos estudos sobre a evolução dos grandes répteis.
A nova espécie,
apresentada nesta terça-feira por pesquisadores do Museu Argentino de
Ciências Naturais (MACN) de Buenos Aires, foi batizada de "Bicentenário
Argentino" e seus restos foram achados na província de Rio Negro.
"É
muito provável que seja o primeiro representante encontrado de uma nova
linhagem dentro da família dos 'celurossauros', dinossauros que
eventualmente deram origem às aves", disse em comunicado o Conselho
Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet) da Argentina, do
qual faz parte o MACN.
O chefe do museu e pesquisador
independente do Conicet, Fernando Novas, afirmou que, apesar de a
espécie dos celurossauros incluir membros como o Tiranossauro Rex e o
Velociraptor, "não se sabe muito sobre as formas primitivas, os
primeiros celurossauros".
Os dinossauros adultos do
"Bicentenário" teriam entre 2,5 e 3 metros de comprimento, eram ágeis e
magros e, pela forma de seus dentes e a presença das garras, teriam sido
caçadores. "Podemos suspeitar que se alimentavam de pequenos
dinossauros, herbívoros e filhotes de dinossauros", afirmou Novas.
Os pesquisadores acreditam que o dinossauro teria o corpo coberto por penas.
As
rochas que continham os ossos do "Bicentenário" tem cerca de 90 milhões
de anos e correspondem ao período Cretáceo Superior, de um período de
65 milhões há 98 milhões de anos atrás.
"Os fósseis de
celurossauros primitivos são raros, e portanto esta nova espécie é muito
importante", disse Steve Brusatte, da divisão de Paleontologia do Museu
Americano de História Natural, dos Estados Unidos.
Para
Brusatte, o achado do "Bicentenário" não só ajuda a compreender melhor
as origens das aves e seus parentes mais próximos, mas também "indica
que os continentes da América do Sul, África, e também na Austrália,
tiveram uma maior diversidade de pequenos dinossauros acima do normal".
Fonte: UOL
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