A precisão matemática dos antigos egípcios, que permitiu a produção de
gigantescas esfinges e pirâmides, também pode ser constatada em
utensílios bem menores, típicos do uso diário.
Há mais de 3 mil anos,
esse povo sabia, com grande exatidão, quanto de azeite ou vinho estava
comprando, graças a recipientes padronizados para armazenar e
comercializar líquidos valiosos.
O aspecto impressionante dessa
descoberta, feita por arqueologistas da Universidade de Telavive, em
Israel, é que não era preciso o uso do sistema cúbico para calcular
volume: os egípcios conseguiam produzir jarras circulares e ovais com
uma padronização bastante aproximada.
Ao analisar os recipientes usados pela civilização que viveu há milhares de anos na região do Mar Mediterrâneo, eles notaram que grande parte das jarras tinham circunferências parecidas.
A medida era sempre igual ou muito próxima a
52cm, o equivalente a uma braçada real, ou cúbito. O valor, usado como
padrão no sistema de medição egípcio, tinha como referência a distância
entre o cotovelo e a ponta do dedo médio do rei.
Com isso, o volume
desses vasos correspondia a 2,4l, o equivalente a meio hekat, a medida
de volumes mais popular da época.
Fonte: Correio Braziliense
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