"Não ando sozinho aqui à noite nem que me amarrem". Foi assim que um dos
funcionários de La Bombonera, lendário Estádio do Club Atlético Boca
Juniors, definiu seu sentimento nos intervalos que compreendem uma e
outra partida da equipe, quando a mística "cancha" dos xeneizes
permanece deserta, nos intervalos.
Nesses dias, a multidão enlouquecida
dá lugar a vultos, cânticos viram estranhos ruídos, abraços são trocados
por calafrios, paixão se transforma em pavor e craques dão lugar a...
"Acho que são fantasmas". É isso mesmo: La Bombonera é mal-assombrada.
"Algumas coisas estranhas acontecem aqui de noite. Escuto ruídos... Já
vi alguns vultos também. Uma vez juro ter visto um homem vestido de azul
correndo em direção ao portão 17 com os braços erguidos, mas era
madrugada... Não olhei mais para aquela direção", disse um dos vigias do
estádio, que preferiu não divulgar seu nome.
"É comum escutarmos passos
vindos das arquibancadas também", acrescentou outro, que ouvia a
conversa com a reportagem.
A lenda das assombrações em La Bombonera já é antiga. Há quatro anos, por exemplo, o jornal argentino Olé
divulgou reportagem sobre suposta presença de espíritos no estádio, com
depoimentos de funcionários do Boca jurando de pés juntos terem visto
com seus próprios olhos diversas aparições quiméricas no local: um homem
de camisa branca que assombra o setor L, uma noiva em lamúrias, um
garoto de bermudas, sapatos brancos e camiseta azul... Os mais variados
tipos de espectros rondam a mística "cancha" do Boca nos dias de
solidão.
Diante do mito, alguns torcedores do clube até tentam dar uma explicação
racional: "as cinzas de muitos xeneizes fanáticos mortos são atiradas
aqui no campo, e seus espíritos continuam torcendo pelo Boca", disse um
deles ao Terra.
Fonte: Terra
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