Alderin-Polock imaginou criatura alienígena que lembra uma água viva e se comunica com luz
Uma cientista britânica divulgou desenhos de como
imagina seres alienígenas que poderiam ter se desenvolvido em um mundo
com as características de Titã, uma das lua de Saturno.
As criaturas imaginadas por Maggie
Alderin-Pocock lembram águas-vivas e poderiam, segundo ela, flutuar
sobre nuvens de gás metano, recolhendo nutrientes químicos por fendas
que servem de bocas.
Bolsas com formas de cebolas se moveriam para cima e para baixo para
ajudar na movimentação, e feixes de luz seriam usados para a
comunicação.
Assim como os seres humanos não sobreviveriam
sob as condições da atmosfera de Titã, as águas-vivas alienígenas seriam
corroídas na atmosfera de oxigênio terrestre.
Os alienígenas foram imaginados por
Alderin-Polock como parte da promoção de um novo programa apresentado
por ela no canal de documentários Eden, transmitido por cabo e satélite
na Grã-Bretanha.
'Imaginação limitada'
"Nossas imaginações são naturalmente limitadas
pelo que vemos no nosso entorno, e o senso comum é de que a vida precisa
de água e é baseada em carbono. Mas alguns pesquisadores estão
desenvolvendo trabalhos muito instigantes, jogando com ideias como
formas de vida baseada em silício", observa Alderin-Pocock.
Ela observa que o silício está logo abaixo do
carbono na tabela periódica e que os dois elementos têm muitas
semelhanças químicas. Além disso, o elemento seria amplamente disponível
no universo.
"Talvez podemos imaginar instruções semelhantes
para a formação do DNA, mas com silício em vez de carbono. Ou então a
vida alienígena poderia não seguir nada parecido com o DNA", diz.
Ela diz que as últimas descobertas sobre
planetas orbitando em volta de outras estrelas na Via Láctea a levam a
acreditar que até quatro civilizações extraterrestres desenvolvidas
poderiam existir nesses locais.
Mas ela adverte que a longa distância entre elas
e a Terra significa que é remota a capacidade dos humanos de
encontrá-los ou mesmo de comprovar sua existência.
"A sonda Voyager 1, que leva gravações de
saudações da Terra em diferentes línguas, vem viajando pelo Sistema
Solar desde os anos 1970 e somente agora chegou ao espaço profundo",
observa. "Para chegar à estrela mais próxima do sistema Solar, Proxima
Centauri, poderia levar 76 mil anos", diz.
Fonte: BBC
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