Religião é conhecida por atrair super celebridades, como Tom Cruise, John Travolta e Juliette Lewis.
O Fantástico fala sobre a separação de um dos casais mais famosos do
mundo. Tom Cruise, 49 anos, e Katie Holmes, 33, anunciaram recentemente o
fim de um casamento que parecia perfeito e durou cinco anos.
Oficialmente, eles não revelaram os motivos, mas no centro da polêmica
está a cientologia, uma religião misteriosa a que o casal pertence.
Uma reportagem especial da BBC de Londres mostra os bastidores dessa igreja e as pressões sofridas por quem tenta abandoná-la.
Uma religião conhecida por atrair super celebridades, como: Tom
Cruise, John Travolta e Juliette Lewis.
Notória pelos regimentos
internos implacáveis- “a organização não deve cuidar de crianças ou
bebês”, diz o ex-membro da cientologia Marc Headley- e métodos muito
estranhos, como um detector de verdade.
Quando se casou com Cruise, Katie Holmes adotou a religião do marido. Mas com o tempo ela teria se cansado da disciplina imposta pela seita.
Principalmente por causa da filha do casal, Suri, hoje com 6
anos. Segundo um escandaloso jornal inglês, Kate ficou aterrorizada
porque Tom queria matricular Suri em uma escola controlada pela
cientologia. A atriz não fez nenhuma declaração oficial a respeito.
Ela também se mostrou pouco à vontade para discutir a vida
pessoal em entrevista inédita ao Fantástico. Foi no lançamento do filme
"Cada um tem a gêmea que merece", ao lado do comediante Adam Sandler. É
por isso que ele também aparece nas imagens.
A conversa aconteceu no
México, no ano passado. Antes, portanto, do divórcio. Na época, Suri não
ia à escola. Era educada em casa pelos pais.
O repórter perguntou por quanto tempo ela planejava manter esse esquema.
“Está funcionando bem”, ela respondeu, já emendando um "obrigado" e querendo encerrar a conversa.
Mas ele insistiu: até quando a Suri vai estudar em casa?
Muito reticente, ela diz: "Sabe, o jeito que eu... Sou mãe... Eu
procuro ouvir o que minha filha quer, em vou em frente com isso."
O repórter tentou mais uma pergunta sobre a filha: o que Kate acha de Suri, tão novinha, já ser super
ligada em moda?
“Ah, eu acho empolgante”, disse Holmes.
Será que ela se separou para proteger a filha da cientologia? As
especulações continuam, alimentadas pela obsessão dessa igreja por
manter em segredo tudo o que acontece lá dentro. E também por seguidas
denúncias de pessoas que pertenceram à religião, mas decidiram sair e
contar tudo.
É isso o que mostra a reportagem especial, produzida pela
respeitada BBC, de Londres, e exibida no Brasil com exclusividade pelo
Fantástico (a reportagem não pode ser exibida no site por motivos
contratuais).
O repórter da BBC está à espera de um homem que prometeu contar tudo o que sabe sobre a cientologia.
Mike Rinder foi da igreja por quase 50 anos. Chegou a um cargo
importante, porta-voz oficial. Mas acabou saindo, e hoje é considerado
um traidor.
“Esta casa foi de L. Ron Hubbard”, diz Rinder ao mostrar a residência.
L. Ron Hubbard era escritor de ficção científica. Foi ele que
criou a cientologia. Para Hubbard, todos nós temos um espírito - chamado
de thetan - que reencarna várias e várias vezes. Essa é a versão oficial da cientologia.
A não oficial, relatada
por ex-membros, inclui outros detalhes, como a crença em Xenu, um
ditador intergaláctico que teria deixado o espírito de ETs no nosso
planeta. Mas a igreja nega que a figura de Xenu exista nos ensinamentos.
Em 2007, o repórter da BBC gravou um primeiro documentário sobre
o tema, e viu que não era fácil. “Estamos sendo seguidos”, diz ele ao
notar um carro preto atrás de seu veículo. “Estamos sendo seguidos de
novo”, repete ao ver outro transporte o seguindo novamente.
Seriam representantes da cientologia? A igreja negou. A pressão
foi crescendo. Acusado de distorcer informações nas entrevistas, o
repórter finalmente explodiu. “Você não ouviu nem gravou toda a
entrevista, está ouvindo? Você não estava lá”, grita ele com um homem.
Agora, três anos depois, Mike está fora da igreja, e livre para
confessar: “você estava sendo seguido”, revela ao repórter.
Nos Estados Unidos, vigora a mesma política de vigilância. É lá que existe o maior número de adeptos da religião.
Marty Rathbun ficou na igreja por 27 anos. Trabalhava em um dos
processos mais importantes, chamado de auditing, uma espécie de
aconselhamento espiritual.
Tudo começa com um aparelho. “É bem simples, um medidor de
resistência. Parece um detector de mentiras”, diz Rathbun. “Eu vou te
beliscar, quero que você veja o que a agulha faz”, fala ao repórter.
“Está vendo isso? Agora quero que você se lembre do momento do
beliscão”, acrescenta.
“Minha mente se lembrou do beliscão e isso ficou registrado no aparelho”, aponta o repórter.
Na sessão com o aparelho, segundo os cientólogos, os fiéis
descarregam sentimentos negativos. Passam a se sentir melhor.
Tudo é registrado por câmeras escondidas. É o que contam Marc e
Claire, um casal que fez parte da elite da cientologia, responsável pela
administração da igreja.
“Eu montei mais de cem salas que tinham duas câmeras e um microfone”, conta Marc Headley, ex-membro da cientologia.
Claire chegou a ver vídeos das sessões de Tom Cruise. Elas
incluíam questões pessoais, coisas que Tom Cruise não gostaria que as
pessoas soubessem.
Marc e Claire, que foram criados dentro da cientologia, viram a religião se voltar contra eles.
Os dois eram casados quando ela engravidou. Moravam no quartel
general da seita, um local recluso na Califórnia. Lá, o regulamento é
claro: funcionários não podem ter filhos.
Claire diz que teve que abortar duas vezes por causa disso.
Frustrado, o casal abandonou a seita - e sofreu as consequências.
“No dia seguinte, a igreja chamou minha mãe, meu padrasto, meus
irmãos e disse que eles não deveriam mais ter contato comigo”, conta
Claire Headley, ex-membro da cientologia.
Marc e Claire agora têm dois filhos que nunca conheceram os
avós. Mas a igreja nega ter bloqueado a comunicação do casal com a
família.
Mike viveu algo parecido. Depois de deixar a igreja, ele perdeu o
contato com a ex-mulher e os filhos, que ainda estão lá.
Quanto tenta
ver alguém da família, recebe um não como resposta. Mike até continua
recebendo visitas, mas não de amigos. Mike se tornou vítima da política
de vigilância que ele mesmo ajudou a criar.
Apesar de tanta polêmica, a cientologia diz que continua crescendo e tem seguidores em 167 países - inclusive o Brasil.
“Nosso arquivo das pessoas que adquiriram os livros, nos temos
ao redor de 20 mil pessoas”, contabiliza a porta-voz da cientologia no
Brasil, Lúcia Winther.
Há três igrejas no país, todas na Grande São Paulo. Jorge Carlos
Jucoski, fiel há oito anos, afirma que a religião o ajudou na vida
pessoal e profissional.
“Sempre procurei respostas pras verdades essenciais da vida. Pra
coisas assim, como de onde viemos, quem somos, essas coisas todas”,
conta o membro da religião.
As respostas ele diz encontrar nos livros da cientologia, que lê
todos os dias. Uma disciplina que Tom Cruise também segue, mas da qual
Kate Holmes preferiu se afastar, levando junto a filha Suri.
Fonte: Globo.com
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