Espécie é considerada uma das mais invasivas/Foto: Alvesgaspar/Divulgação
Um estudo de pesquisadores do Queen Mary College (Universidade de
Londres) indica que um tipo de lagosta consegue se alimentar de plantas
terrestres ao usar poças d'água criadas por pegadas de hipopótamos, na
África.
A Procambarus clarkii é considerada uma das espécies de
animais mais invasivas do planeta e o estudo indica que ela consegue
sobreviver nas condições mais adversas. A pesquisa foi divulgada na
revista especializada Plos One.
Segundo o estudo, esse animal se alimenta de plantas terrestres quando
os níveis de água do lago Naivasha, no Quênia, estão muito baixos. O
mais incrível é como ele faz isso.
Os cientistas descobriram que uma
parte da população havia deixado o lago ao usar poças deixadas pelas
pegadas de hipopótamos. Quando a noite caía, as lagostas saíam das poças
e comiam plantas terrestres.
"Isso tem implicações significantes para quem está pensando em
introduzir esta espécie em outras áreas", diz Jonathan Grey, pesquisador
do Queen Mary.
Essa lagosta foi usada em diversas regiões da África nos
anos 60 para controlar a população de um tipo de caracol que carrega um
parasita perigoso para o ser humano. Contudo, a solução mostrou levar a
outro problema.
"Enquanto elas (as lagostas) são úteis para contra-atacar outras
espécies perigosas em ecossistemas, elas também são extremamente danosas
para a população de peixes e para o equilíbrio da teia alimentar. Elas
comem plantas, ovas de peixes, larvas de moscas, caracóis e sanguessugas
e, como nós mostramos agora que são capazes de conseguir recursos
extras da terra, elas podem sustentar grandes populações sob condições
adversas, como pouca água, e podem causar problemas em uma maior
variedade de ambientes do que pensávamos", diz o pesquisador.
Fonte: Terra
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