Durante uma série de escavações na cidade egípcia de Tell el-Daba,
arqueólogos encontraram os restos de 16 mãos humanas, distribuídas em
quatro covas. Curiosamente, todas as mãos são direitas.
As bizarras “relíquias históricas” datam de aproximadamente 3,6 mil
anos atrás, da época em que o povo Hykso controlava parte do Egito.
Naquele tempo, Avaris (atual Tell el-Daba) era a capital de seu império e
no local havia um palácio ocupado por um dos líderes dos hyksos, o rei
Khayan.
A princípio, as mãos são a primeira evidência física de uma prática
registrada em documentos e obras de arte do antigo Egito: a oferta da
mão direita de um inimigo ao rei em troca de ouro.
Além de facilitar a
contagem de inimigos derrotados, cortar especificamente a mão direita
seria uma forma simbólica de privar o outro de sua força.
Um dos registros desse ritual (praticado tanto por egípcios quanto
por hyksos) foi encontrado na tumba do egípcio Ahmose e foi escrito 80
anos depois da data em que as 16 mãos foram enterradas.
“Então eu lutei
corpo a corpo. Eu trouxe uma mão. Isso foi relatado ao mensageiro real”,
lê-se na inscrição.
Apesar do ineditismo dos vestígios encontrados em Tell el-Daba, a
crueldade dos egípcios contra prisioneiros já era conhecida: a Paleta de
Narmer, obra da época da unificação do antigo Egito (há 5 mil anos),
retrata prisioneiros decapitados e um faraó prestes a esmagar a cabeça
de outro homem. Sutil, não?
Fonte: Hypescience
Nenhum comentário:
Postar um comentário