terça-feira, 18 de setembro de 2012

Dinossauro: concluída escavação


As escavações foram iniciadas somente em março do ano passado; após obtenção de recursos de pesquisa


Paleontólogos escavam a rocha com ossos de um titanossauro encontrado na região de Marília (SP) ainda em 2009.
 
 
Terminaram os trabalhos de escavação e remoção dos ossos de um  titanossauro encontrado na região de Marília em 2009. 
 
 
As escavações tiveram início em março de 2011, após obtenção de recursos financeiros levantados junto ao CNPq e foram divididas em etapas, que compreenderam de início a remoção de toneladas de rochas de arenito e mais recentemente a retirada dos fósseis do local, envoltos em camadas de gesso. Esta foi a 4º etapa de campo que contou com apoio da Prefeitura Municipal de Marília. 
 
 
As escavações envolveram os paleontólogos William Nava, do Museu de Paleontologia de Marília, Rodrigo Santucci, coordenador do projeto através da  Universidade de Brasília (UnB), e Marco Brandalise de Andrade, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), responsáveis também pelo projeto e pelos trabalhos de escavação, além dos pesquisadores/paleontólogos Daniel Fortier, Flávio Pretto e Marcel Lacerda, também da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Adriano Mineiro, Lucila M. de Souza e Filippe Oliveira, também da Universidade de Brasília,  além de uma equipe de cinegrafistas da UFG –Universidade Federal de Goiás,  que produziram um documentário sobre a cidade e as escavações.
 
 
O resultado foi a coleta de mais da metade do esqueleto do titanossauro, caracterizando assim um dos mais importantes achados desse tipo de réptil já realizadas em nosso país, inclusive o bloco maior, medindo 4m x 2m por 1 de altura é considerado o maior já escavado.
 
 
Parte da coluna vertebral articulada do titanossauro, com vértebras dorsais e cervicais, está protegida nesse bloco, associada a costelas e partes da região pélvica. 
 
 
Os paleontólogos também identificaram vértebras caudais, os dois fêmures, ossos da pata anterior, além de dentes de terópodes – dinos carnívoros - e de crocodilianos que provavelmente se alimentavam da carcaça do dinossauro antes do sepultamento final.
 
 
“Acreditamos que esse titanossauro media cerca de 13 metros de comprimento, e teria ficado fossilizado às margens de um antigo rio que existiu na região há aproximadamente 70 milhões de anos, durante o Cretáceo Superior, último período geológico da Era Mesozóica. Como seu esqueleto estava parcialmente articulado, trabalhamos com  a possibilidade do animal ter morrido ali mesmo” afirmou o  paleontólogo William Nava.
 
 
O próximo passo, daqui alguns meses, será a preparação mecânica dos fósseis com canetas preparadoras para retirar com segurança, partes rochosas que se encontram incrustadas em torno dos fósseis. 
 
 
Feito isso, os pesquisadores iniciam os estudos anatômicos de cada fóssil a fim de determinar qual espécie de titanossauro era.  
 
 
O titanossauro foi um animal de hábitos herbívoros, pescoço e cauda longos, e provavelmente andava em bandos no que é hoje a região de Marília e o oeste paulista. 
 
 
Vestígios desses grandes animais já foram encontrados também nas regiões de Duartina, Lins e Bariri.
 
 
 
Fonte: JCNET

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