As escavações foram iniciadas somente em março do ano passado; após obtenção de recursos de pesquisa
Paleontólogos escavam a rocha com ossos de um titanossauro encontrado na região de Marília (SP) ainda em 2009.
Terminaram os trabalhos de escavação e remoção dos ossos de um
titanossauro encontrado na região de Marília em 2009.
As escavações
tiveram início em março de 2011, após obtenção de recursos financeiros
levantados junto ao CNPq e foram divididas em etapas, que compreenderam
de início a remoção de toneladas de rochas de arenito e mais
recentemente a retirada dos fósseis do local, envoltos em camadas de
gesso. Esta foi a 4º etapa de campo que contou com apoio da Prefeitura
Municipal de Marília.
As escavações envolveram os paleontólogos William Nava, do Museu de
Paleontologia de Marília, Rodrigo Santucci, coordenador do projeto
através da Universidade de Brasília (UnB), e Marco Brandalise de
Andrade, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS),
responsáveis também pelo projeto e pelos trabalhos de escavação, além
dos pesquisadores/paleontólogos Daniel Fortier, Flávio Pretto e Marcel
Lacerda, também da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Adriano
Mineiro, Lucila M. de Souza e Filippe Oliveira, também da Universidade
de Brasília, além de uma equipe de cinegrafistas da UFG –Universidade
Federal de Goiás, que produziram um documentário sobre a cidade e as
escavações.
O resultado foi a coleta de mais da metade do esqueleto do
titanossauro, caracterizando assim um dos mais importantes achados desse
tipo de réptil já realizadas em nosso país, inclusive o bloco maior,
medindo 4m x 2m por 1 de altura é considerado o maior já escavado.
Parte da coluna vertebral articulada do titanossauro, com vértebras
dorsais e cervicais, está protegida nesse bloco, associada a costelas e
partes da região pélvica.
Os paleontólogos também identificaram
vértebras caudais, os dois fêmures, ossos da pata anterior, além de
dentes de terópodes – dinos carnívoros - e de crocodilianos que
provavelmente se alimentavam da carcaça do dinossauro antes do
sepultamento final.
“Acreditamos que esse titanossauro media cerca de 13 metros de
comprimento, e teria ficado fossilizado às margens de um antigo rio que
existiu na região há aproximadamente 70 milhões de anos, durante o
Cretáceo Superior, último período geológico da Era Mesozóica. Como seu
esqueleto estava parcialmente articulado, trabalhamos com a
possibilidade do animal ter morrido ali mesmo” afirmou o paleontólogo
William Nava.
O próximo passo, daqui alguns meses, será a preparação mecânica dos
fósseis com canetas preparadoras para retirar com segurança, partes
rochosas que se encontram incrustadas em torno dos fósseis.
Feito isso,
os pesquisadores iniciam os estudos anatômicos de cada fóssil a fim de
determinar qual espécie de titanossauro era.
O titanossauro foi um animal de hábitos herbívoros, pescoço e cauda
longos, e provavelmente andava em bandos no que é hoje a região de
Marília e o oeste paulista.
Vestígios desses grandes animais já foram
encontrados também nas regiões de Duartina, Lins e Bariri.
Fonte: JCNET
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