Uma cepa da varíola que datava de 300 anos foi identificada em corpos
congelados na Sibéria no século XVIII e parcialmente sequenciada, o que
pode ajudar em pesquisas sobre a evolução do vírus, informaram na
sexta-feira cientistas franceses.
A varíola, considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
erradicada em 1979, causou centenas de milhões de mortes e é responsável
pelo desaparecimento de populações autóctones na América, África e
Ásia.
Os elementos do vírus descobertos na Sibéria foram identificados em um
membro de uma família de cinco pessoas enterrada em Yakutia, no norte
siberiano, informou à AFP Catherine Theves, uma das pesquisadoras, cujos trabalhos foram publicados recentemente na revista especializada New England Journal of Medicine.
Esta descoberta permitirá estudar a evolução do vírus. Até o presente só
se dispunha de cepas que datavam dos anos 1950-1980. "Poderemos
eventualmente descobrir como sofreu mutações, como se adaptou a novas
pessoas, ao frio intenso", declarou a pesquisadora.
Fonte: Terra
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