sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Estudo genético confirma que ciganos são originários do noroeste da Índia


Estudo genético confirmou que grupo étnico saiu da Índia há 1.500 anos chegando a região dos Bálcãs há cerca de 900 anos.

Os ciganos são originários de regiões no Norte e Noroeste da Índia, comprovou a análise do DNA de 152 indivíduos de 13 grupos de ciganos do continente europeu, o que confirma a teoria de que o povo teria saído da Índia há 1.500 anos.


O povo cigano consiste em cerca de 11 milhões de pessoas – população semelhante à de países como a Grécia, Bélgica ou Portugal -mas pouco se sabe sobre sua história por falta de registros escritos.


Um grupo de pesquisadores da Espanha, Holanda e de outras partes da Europa usaram uma técnica que compara partes do DNA com o genoma completo de outras populações do mundo.


“Ao comparar semelhanças e diferenças destes marcadores genéticos da população ao redor do mundo notamos semelhanças com as de populações do nordeste da Índia”, disse ao iG David Comas, da Universidade Pompeu Fabra, na Espanha, e autor principal do estudo publicado na quinta-feira (6) no periódico científico Current Biology.


Os pesquisadores também usaram diferentes modelos estatísticos para poder deduzir quanto tempo seria necessário para gerar as diferenças observadas no DNA. “Analisamos cerca de 800 mil marcadores genéticos e chegamos a conclusão que os ciganos saíram da Índia há 1.500 anos”, disse.

O estudo afirma que embora o Oriente Médio e o Cáucaso tenham influenciado a língua dos ciganos, há poucas provas sobre a parentesco genético entre ciganos europeus e a população atual destas regiões. Uma vez na Europa, os ciganos começaram a se estabelecer em vários locais, provavelmente se espalhando pela Europa através da região dos Balcãs cerca de 900 anos atrás.


“O povo cigano tem uma história única que consiste em duas etapas: a origem no noroeste da Índia e a miscigenação com não ciganos europeus”, disse em comunicado Manfred Kaiser da Universidade de Erasmus Rotterdam, na Holanda, também autor do estudo.


"Nosso estudo mostra que a compreensão do legado genético cigano é essencial para completar a caracterização genética dos europeus como um todo, tendo implicações para vários setores, desde a evolução humana até a saúde", completou.


Fonte: IG

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