quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Fuligem misteriosa no Rio


 
 
Camada de ‘cinzas’ se espalhou por diversas regiões e deixou os moradores curiosos.
 
 
Uma fuligem de cor branca que se espalhou por vários bairros do Rio no começo da tarde de ontem chamou a atenção de moradores do Centro, Glória, Catete, Copacabana, Flamengo, Leblon, Ilha do Governador e Baixada Fluminense. Alguns foram obrigados a manter as janelas fechadas.


A fina camada de poeira cobria ruas e jardins. Ao longo do dia, algumas hipóteses foram levantadas para o fenômeno, como por exemplo, que pudesse ser proveniente das cinzas do vulcão Copahue, que entrou em erupção na fronteira entre o Chile e Argentina. 
 
 
Entretanto, o Comando da Aeronáutica descartou essa possibilidade e chegou a associar a fuligem misteriosa a um possível incêndio em Duque de Caxias, teoria posteriormente refutada também.


Ainda segundo o Comando da Aeronáutica, não houve registro de fuligem nos dois principais aeroportos do Rio de Janeiro: o Galeão, na Ilha do Governador, e o Santos Dumont, no Centro.


Sujeira


Moradora do Catete, na Zona Sul da cidade, a jornalista Renata Manes conta que quando abriu a porta de casa, por volta do meio-dia, se surpreendeu. 
 
 
“Quando saí para o quintal, vi que uma fina camada de fuligem cobria toda a frente da casa. Era como cinzas brancas e sem cheiro. A minha rua também ficou toda coberta pela poeira. Mesmo com o forte calor, fui obrigada a fechar todas as portas e janelas”, conta.


O secretário estadual do Meio-Ambiente, Carlos Minc, acionou o Serviço de Emergências Ambientais para investigar a origem da névoa misteriosa. 
 
 
“A hipótese de resíduos industriais está afastada. Pode ter sido um incêndio em lixo ou em um galpão”, ressaltou Minc.


Segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que monitora a qualidade do ar com oito estações fixas e duas móveis, não foi detectada nenhuma anormalidade na tarde de ontem na cidade.


Possibilidades diversas são afastadas e indefinição continua


Em atividade desde sábado, o vulcão Copahue expeliu grande coluna de cinzas a mais de 1.500 metros de altitude. Entretanto, o ministro de Mineração do Chile, Hernán de Solminihac, informou que o vulcão, que entrou em atividade pela primeira vez no século 21, já diminuiu as emissões. O governo chileno emitiu alerta vermelho durante o fim de semana.


Apesar das especulações, autoridades ambientais descartaram a possibilidade da fuligem ter se deslocado do Chile e atingido o Rio. 
 
 
“Se fossem cinzas vulcânicas, elas não apareceriam só em alguns bairros e o fenômeno duraria mais horas”, explicou Minc.


Autoridades também descartaram a possibilidade de a fuligem ser consequência de incêndio na vegetação do terreno da Marinha em Campos Elísios (Caxias), pois as cinzas não conseguiriam chegar à zona Sul.
 



Fonte: O Dia Online

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