Pelo menos 23 pessoas foram atacadas por piranhas nos últimos oito dias
no Balneário Municipal de Rancharia (508 km de São Paulo), às margens
do rio Capivari.
Os ataques começaram às vésperas do Natal, e o caso
mais grave é o de uma criança de dez anos que teve o dedinho do pé
parcialmente amputado.
A prefeitura da cidade colocou um carro de som e placas nas margens da
represa informando o risco das mordidas dos peixes, mas a medida não
afugentou os turistas dos banhos no rio.
Cinco novos ataques foram
registrados entre domingo e esta segunda-feira (31), segundo o Corpo de
Bombeiros.
A última vítima foi um adolescente de 15 anos, que teve um dos pés
mordidos na tarde de hoje. Ele foi levado ao pronto-socorro para receber
curativos.
O ferimento não foi considerado grave pelos bombeiros que
atenderam à ocorrência. O jovem é de Assis (427 km de São Paulo).
Proteção aos ninhos
"Os acidentes estão acontecendo num mesmo ponto, não é em todas as
praias do balneário. Um biólogo da Unesp (Universidade Estadual
Paulista) esteve aqui e disse que os peixes estão apenas protegendo seus
ninhos, que devem estar naquela parte do rio", disse Wagner Pereira,
37, secretário de Manutenção de Rancharia.
De acordo com Pereira, as piranhas subiram ao Capivari a partir do rio
Paraná, onde o Capivari desemboca, na divisa com o Mato Grosso do Sul,
para procriar nas águas de Rancharia.
O secretário afirma que é a
primeira vez que são registrados acidentes com piranhas no local. O
balneário existe há 47 anos.
O turismo nas praias do Capivari costuma movimentar a economia de
Rancharia no final de ano. No Natal, foram registradas 9.000 pessoas no
balneário.
A expectativa para o ano-novo era de 20 mil turistas, mas,
devido aos ataques de piranhas, o número deve cair para 14 mil, segundo o
secretário de Manutenção.
Fonte: UOL
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