segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Poltergeist assusta em Anta, Sapucaia, Rio de Janeiro



Um estranho fenômeno está apavorando os moradores de Santo Antônio da Vista Alegre, na zona rural do Distrito de Anta, Sapucaia. 


Facas que voam perigosamente sobre quem se aproxima, cadeiras que mudam de lugar, tijolos que se partem sozinhos e perturbações metafísicas acontecem na fazenda Santa Rita, ao lado de um cemitério, onde seus moradores já abandonaram o lugar, depois de sofrerem ferimentos e temerem por manifestações ainda mais violentas.


No início da semana, um grupo de religiosos decidiu expulsar os ‘espíritos’ dessa casa, mas a tentativa foi frustrada e todos deixaram o local apressadamente. 


Para Sebastião Abadias, administrador da propriedade, as manifestações começaram no início do mês e inexplicavelmente, objetos começaram a voar e coisas estranhas a acontecer, sem que nada ou ninguém estivesse no local. 


Abadias conta que seus pais, com idade avançada, foram levados para outra casa, em Bemposta, depois que sua mãe foi ferida por uma faca que voou em sua direção.


O fenômeno conhecido como ‘poltergeist’ vem causando curiosidades e preocupação nos moradores da zona rural de Santo Antônio da Vista Alegre. 


Muitos deles alegam que a proximidade do cemitério seja a causa de tudo, mas segundo o administrador da fazenda, o cemitério está ali há quase cem anos e nunca foi registrado nenhum fato semelhante e pede ajuda para solucionar o problema.


Com predominância de cristãos católicos, a comunidade frequenta principalmente a paróquia de Bemposta, que pertence à Diocese de Petrópolis, mas em contato com sua assessoria de comunicação, foi revelado que a Diocese de Valença é quem responde por Sapucaia. 


O bispo Dom Elias foi procurado para falar sobre o assunto, mas estava em trabalhos pastorais de comunidade, segundo informou sua assessoria.


Na opinião do ex-frei franciscano Paulo Medina, atualmente professor de filosofia, o que acontece nessa casa de Anta teria explicação baseado na manifestação dos espíritos que espontaneamente se manifestaram para pedir sufrágios (orações) e deixam marcas de sua passagem pela Terra, mas não acredita que seja esse o caso, já que fenômenos Poltergeist costumam ser investigados pela igreja com muita seriedade e essa passagem não despertou interesse dos estudiosos, mas adverte que lidar com as coisas do sobrenatural exige preparo e conhecimento. 


“A Igreja católica condena a possibilidade de evocar os espíritos dos mortos mediante a prática dos médiuns e de sessões de exorcismo ou desdemoninhação, pois os espíritos são a parte que transcende a matéria e a matéria é criação divina. Ali se trata de outra coisa, certamente”, justificou.




2 comentários:

Luciano de Souza disse...

Após a leitura do artigo, alguns comentários se fazem necessários. Não tenho objetivo de discutir fenômenos metafísicos, crendices populares, alucinações coletivas ou tampouco crenças religiosas. Meu objetivo é esclarecer dois equívocos. Primeiro equívoco: o nome da localidade não é Amarelos! O nome da comunidade rural da qual sou oriundo e que muito me orgulha é Santo Antônio da Vista Alegre. Esse apelido – pejorativo – de Santo Antônio dos Amarelos surgiu ao que parece, numa época remota em que a comunidade sofria de um surto de ancilostomíase, popularmente chamada de amarelão, doença parasitária causada pelos vermes Ancylostoma duodenale ou Necatur americanus (http://www.tuasaude.com/amarelao/). Voltando ao apelido, ainda que em nada ele afete o brilho, o caráter, a capacidade de trabalho e de organização da maioria das pessoas que ali reside, esse preconceituoso cognome foi durante muito tempo usado como forma de humilhar os indivíduos que ali residiam, isso numa época em que para alguns era degradante ser de origem rural, preconceito esse do qual já nos livramos, certo? Essa alcunha, entretanto, desagradava a todos, em especial a pessoas que se destacaram por serem lideranças comunitárias e que ajudaram a forjar as bases morais daquela comunidade, tais como Mário Francisco Correia, entre muitos outros. Diante disso, creio que usar essa denominação, ainda que por brincadeira, seria, no mínimo, falta de respeito à memória dessas pessoas. Outro erro crasso presente na matéria diz respeito à cultura religiosa da comunidade. Embora seja verdade que a maioria se afirme católica, a comunidade possui um modesto templo católico e é nela que são realizadas, semanalmente, as cerimônias religiosas, bem como são feitas também as reuniões do Conselho Comunitário de Pastoral, além de festas, encontros com autoridades e outros eventos. Embora possam acontecer visitas esporádicas à vizinha comunidade de Bemposta, a comunidade de Santo Antônio da Vista Alegre encontra-se perfeitamente integrada à Diocese de Valença. Embora corra o risco de parecer pretensioso, sugiro ao jornalista responsável pela matéria que procure checar suas fontes para não correr o risco de chamar alhos de bugalhos. Luciano da Silva Souza, professor residente em Santo Antônio da Vista Alegre. (luciano.geo@ig.com.br)

Carlos de Castro disse...

Luciano, aconselho que voce se dirija ao jornalista responsável da Folha Popular de Sapucaia, eu somente repercuti a matéria. Abraços.

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