A Universidade Estadual Paulista (Unesp) confirmou nesta
quarta-feira que o crânio de uma baleia azul encontrado na praia do
Leste, no município de Iguape, no litoral de São Paulo, possui entre
1800 e 1900 anos.
A descoberta do crânio foi feita em agosto do ano
passado e amostras foram encaminhadas ao Beta Analytic, nos Estados
Unidos, considerado o maior laboratório do mundo em datação por meio do
carbono 14.
Segundo Francisco Buchmann, professor da Unesp e
coordenador do laboratório, a universidade tomou conhecimento de grandes
ossos enterrados e do afloramento do crânio graças à identificação
feita por Ewerton Miranda de Souza.
A equipe do laboratório foi até o
local e constatou que eram partes de uma baleia, em processo de
fossilização.
O professor disse que provavelmente a baleia encalhou numa antiga praia, foi soterrada e iniciou o processo de fossilização em ambiente saturado de água doce embaixo das ruas e casas de Iguape.
Muito tempo depois, a variação da linha de costa devido a
erosão costeira expôs o crânio e ossos ao ambiente de água salgada na
praia do Leste.
A retirada da baleia
Inicialmente foi necessária a limpeza, com a retirada de diversas árvores que estavam em cima do crânio. Com um guincho elétrico para 1,3 tonelada, um tripé e talha para 1,5 tonelada e a ajuda de alunos.
Parte
da equipe utilizou pás e enxadas para a construção de uma barricada
feita com sacos de areia, com o objetivo de proteger da ação das ondas;
enquanto outra parte da equipe escavou com as mãos para evitar danificar
os ossos.
Fonte: Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário