Baiacus tem dentições que se substituem permanentemente
Ricardo Azoury / Agência O Globo
Pesquisador britânico acredita que nossa espécie vai superar limitação de ter apenas duas dentições durante a vida.
Um biólogo da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, especulou
que, em alguns milhões de anos, os seres humanos podem vir a desenvolver
bicos no lugar dos nossos dentes, à semelhança de peixes baiacus, por
exemplo. Seriam “mais práticos e robustos”, diz o cientista, além de não
terem o risco de apodrecer ou cair.
Gareth Fraser dá o exemplo de
tubarões, que desenvolvem dentições novas durante toda a vida, e diz
que com o aumento da expectativa de vida e nossa dieta moderna, duas
dentições para uma vida inteira são uma limitação que pode ser superada
no decorrer de nossa evolução como espécie.
Fraser identificou as
células responsáveis pelo crescimento de novos dentes em outros
animais e considera que os cientistas possam, com isso, estimular as
células na boca humana que têm a mesma finalidade para criar mais
conjuntos de dentes.
- Nossa pesquisa tem foco em procurar formas
de replicar o método que os peixes usam para ter dentições ilimitadas e
encontrar um jeito de aplicar essa capacidade em humanos - disse o
biólogo ao jornal britânico “The Telegraph“.
Fraser, no entanto,
acha improvável que tal façanha ocorra antes de 50 anos. Em 2009,
cientistas da Universidade de Tóquio conseguiram criar uma dentição nova
em camundongos por meio de manipulação de células em laboratório.
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