Monumento Natural das Árvores Fossilizadas no Tocantins (Foto: Ricardo Martins/Naturatins)
Monumento Natural das Árvores Fossilizadas ocupa área de 32 mil ha. Os fósseis têm mais de 250 milhões de anos.
O Tocantins possui muitas belezas naturais, como serras, cachoeiras e
rios que são atrativos do estado.
Uma dessas belezas é a floresta que
hoje é considerada o maior monumento natural fossilizado do mundo
através de pesquisas realizadas pela Universidade de Brasília (UNB): o Monumento Natural das Árvores Fossilizadas.
Localizado no município de Filadélfia, a 330 km da capital, o acervo natural ocupa uma área de 32 mil hectares do cerrado tocantinense.
O monumento é uma unidade de conservação ambiental do estado que foi criada pela lei 1.179 de outubro de 2000.
De acordo com pesquisas
realizadas no local, os fósseis têm mais de 250 milhões de anos, sendo
assim, são anteriores aos dinossauros. Entre os principais fósseis
encontrados no monumento destacam-se as samambaias arborescentes.
A pesquisadora e professora do curso de biologia da Universidade Federal do Tocantins,
Etiene Fabbrin, desenvolve pesquisas no local e afirma que este é um
indício de que a região central do Tocantins era uma planície costeira
com um sistema hídrico durante o período Permiano (quando o mundo era
formada por apenas um supercontinente).
O clima era tropical e os
chapadões indicam que a região já foi um deserto e as dunas se
transformaram em rochas.
Chamados de “paus de pedra” pelos moradores da região, os fósseis são
caules de árvores que foram se decompondo e, com o tempo, foram
preenchidos com minerais e assim se tornaram pedras. Antes do monumento
se tornar uma unidade de conservação e ser protegido pelo estado, os
moradores não faziam ideia do valor dessas pedras diferentes.
“Antes os
moradores não sabiam que eram fósseis, chamavam pedras de pau. E como as
pessoas ofereciam a preço de banana uma pedra, eles levavam para
vender”, disse o gerente do Monumento Natural das Árvores Fossilizadas,
Vicente Faustino.
Pesquisadores estudam o local (Foto: Divulgação/Equipe de Paleontologia da UFT)
O monumento que ainda não tem o título de patrimônio histórico cultural federal, atualmente é protegido e gerenciado pelo Instituto Natureza do Tocantins - Naturatins.
Mas de acordo com o superintendente do
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural (IPHAN), no
Tocantins, Antônio Miranda, um processo licitatório vai ser aberto ainda
este ano para que seja selecionada uma empresa para realizar os estudos
que vão determinar o nível de proteção e de gestão na área.
“A
expectativa é que até 2014 o monumento seja considerado um patrimônio
histórico cultural protegido e gerido pelo IPHAN”, disse o
superintendente.
Fonte: G1
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