A foto acima parece exibir apenas um pouco de carvão queimado, mas
mostra um dos cérebros mais antigos e bem preservados já encontrados.
Sua preservação é um mistério que tem se desfeito lentamente, mas tudo
indica que o órgão ferveu dentro de seu próprio crânio. Se realmente
ficar comprovado que o cérebro é tão antigo, poderá abrir caminhos para o
estudo da saúde cerebral em tempos pré-históricos.
Segundo a New Scientist, a descoberta do órgão aconteceu em um
povoado no oeste da Turquia. Segundo Meriç Altinoz, da Haliç
University, os esqueletos foram encontrados queimados em uma camada de
sedimentos que também continha objetos de madeira carbonizados.
Como a região é tectonicamente ativa, Altinoz especula que um
terremoto tenha destruído e enterrado o povo antes mesmo de o fogo se
espalhar pelos escombros. As chamas teriam consumido todo o oxigênio nos
escombros e fervido os cérebros em seus próprios fluidos.
A falta de umidade e oxigênio no ambiente ajudou a evitar a ruptura
do tecido. Isso explica por que o cérebro encontrado permanece tão
conservado.
Outro fator importante na preservação dos cérebros é a química do
solo, que é rico em potássio, magnésio e alumínio. Estes elementos
reagiram com o tecido humano e formaram uma substância que também ajudou
a preservá-lo.
Frank Rühli, da Universidade de Zurique (Suíça) acredita que por meio
deste cérebro pode ser possível estudar condições patológicas como
tumores e hemorragias, e talvez até mesmo sinais de doença degenerativa.
Para descobrir a história de distúrbios neurológicos, por exemplo, os
cientistas precisam de tecidos como esse, disse em entrevista a New Sicentist.
Fonte: Info
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