O historiador Emilio Rodríguez Almeida disse na sexta-feira que é
preciso impulsionar e buscar as vilas romanas que não foram descobertas
na Espanha, que na sua opinião "são muitas", algumas situadas em
Extremadura, já que se trata de uma parte importante do patrimônio
cultural.
Almeida, Prêmio Castela y Leão das Ciências Sociais e Humanidades de
2011, fez esta análise em declarações à Agência Efe antes de participar
de uma conferência sobre as vilas do Império Romano, por conta do décimo
aniversário do Museu das Vilas Romanas de Almenara-Puras.
O especialista em Arqueologia Clássica e História Antiga, considerou
que na Andaluzia, Extremadura e, sobretudo na planície do rio Douro, em
Castela e Leão, existem muitas vilas romanas que ainda permanecem
ocultas.
O historiador manifestou que seria necessário divulgar estes
elementos históricos como parte do patrimônio cultural espanhol, assim
como fazer com que fiquem conhecidos no exterior, porque merecem ser
conhecidos "universalmente".
Nesse sentido, o historiador usou como um sistema de exposição e
conservação que conhece bem como o italiano, já que viveu na Itália
durante 40 anos.
As vilas romanas na Itália estão "muito bem cuidadas e muito bem
expostas", manifestou o historiador, que indicou que essa parte do
patrimônio italiano é "conhecida no mundo inteiro".
"As nossas não são conhecidas tanto e é preciso fazer com que fiquem
conhecidas porque são parte do patrimônio cultural", considerou Almeida,
que assegurou que o patrimônio "pode dar também muito dinheiro, mas é
preciso cuidá-lo muito bem".
"As vilas romanas podem fazer, entre outras coisas, com que Castela e Leão ganhem muito em turismo", manifestou Almeida.
O historiador e arqueólogo deu aulas em universidades espanholas,
italianas, francesas, suíças e americanas, é membro da Pontifícia
Academia de Arqueologia de Roma e é personalidade honorífica de Conselho
Superior de Pesquisas Científicas (CSIC).
Fonte: Terra
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