Tudo o que você vê, ouve, toca ou cheira pode ser fruto das vibrações
de cordas infinitamente finas que existem em um mundo de dez dimensões.
Uma espécie de holograma – enquanto o mundo “real” seria um cosmo de
uma dimensão e sem gravidade, ditado pelas leis da física quântica.
Soa como loucura? Não para o físico teórico Juan Maldacena, que propôs o modelo em 1997.
Complexo (especialmente para quem não é da área), esse modelo pode
ajudar a resolver incoerências entre a física quântica e a teoria da
relatividade de Einstein, facilitando o diálogo entre físicos e
matemáticos.
Apesar de sua importância, ao longo de mais de quinze anos a proposta
de Maldacena permaneceu sem comprovações consistentes.
Pensando nisso, o
físico Yoshifumi Hyakutake, da Universidade de Ibaraki (Japão), reuniu
uma equipe para colocar o modelo a prova.
Por meio de simulações computacionais de alta precisão, os
pesquisadores calcularam a energia interna de um buraco negro e a
energia interna de um cosmo sem gravidade (que é parte fundamental do
modelo de Maldacena). Os dois cálculos batem.
Isso traz evidências de que há coerência entre o modelo teórico e o
nosso universo percebido, apesar das diferenças, e dá base para expandir
teorias da física quântica.
Fonte: Hypescience
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