Os estudiosos descobriram também que o método da fermentação é muito mais antigo do que se imaginava.
Cientistas acreditam ter encontrado no deserto
de Taklamakan, na China, o queijo mais antigo do planeta entre corpos
mumificados que datam de 1.615 a.C.
Blocos de queijo foram encontrados ao redor do pescoço e
do tórax de uma múmia intacta que recebeu o nome de 'Beauty of Xiaohe'
(A Bela de Xiaohe).
Os pesquisadores acreditam que o queijo foi
enterrado com as múmias para que elas pudessem 'desfrutar do
alimento após a morte'.
As tumbas de Xiaohe foram descobertas pelo arqueologista
sueco Folke Bergman em 1934. Escavações arqueológicas foram realizadas
entre 2002 e 2004 pelo Instituto de Arqueologia e Relíquias Culturais da
China.
A areia quente e seca do deserto de Taklamakan
proporciona condições favoráveis para a mumificação. As condições de
sepultamento criaram um ambiente à váculo que teria ajudado a preservar o
queijo, segundo pesquisadores.
Estudiosos do Instituto Max Planck de Biologia Molecular
e Genética, da Alemanha, coletaram 13 amostras de matéria orgânica de
10 tumbas e múmias, incluindo da 'Beauty of Xiaohe'.
A análise de proteínas realizada na cidade de Dresden
mostrou que o material orgânico era um queijo produzido a partir
da fermentação do kefir, uma colônia de microrganismos rica
em proteínas.
O pesquisador Andrej Shevchenko disse em entrevista ao USA Today
que o grupo coletou evidências que sugerem que leite desnatado de
animais ruminantes era combinado com bactérias e leveduras para fazer
o queijo de kefir.
"Nós não só identificamos o produto como sendo o
queijo mais antigo do planeta como também obtivemos evidências diretas
da tecnologia usada antigamente", disse Shevchenko.
Agora é de conhecimento geral que o kefir foi descoberto
no segundo milênio antes de Cristo, o que significa que este é o método
de fermentação mais antigo que existe.
Fonte: Terra
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