Esta é uma história que pode tanto mostrar uma fé inabalável de uma família a Deus, como também ser aquelas histórias bizarras que sequer imaginamos serem reais.
A família Wald, sempre muito temente a Deus, possuem uma missão familiar de sempre pregar sua religião, em Hamilton, no Canadá.
Peter Wald e sua esposa, Kaling, tiveram seis filhos, e eles viviam em uma casa modesta na avenida Saint Matthews.
A família percorre as ruas da cidade em uma van coberta de mensagens religiosas, inclusive arranhando os faróis em formato de cruz, para que seu feixe reproduza o símbolo religioso na estrada a frente deles.
Eles distribuíam alimentos para os desabrigados e realizavam pequenas peças e enquetes, com temas religiosos, no quintal de sua casa para os desabrigados em seu bairro.
Porém, Peter Wald, aos 52 anos de idade, foi acometido com diabetes. Pensando que talvez tenha sido um dos testes de Deus em sua vida, Peter se recusou a receber tratamento médico, acreditando na cura divina.
Eventualmente, Peter entrou em coma e morreu na casa da família, em março do ano passado. Ao invés de chamar as autoridades e começar os preparativos para o funeral, Kaling e cinco das seis crianças que vivem na casa, decidiram que iriam rezar para a ressurreição de Peter.
Kaling cobriu o corpo de Peter com dois cobertores, fechou a porta do quarto e o manteve trancado. Ela selou as janelas, a porta, e todas as aberturas com fita adesiva - e, em seguida, desceu as escadas para aguardar sua volta do reino dos mortos.
Vizinhos perguntavam a Kaling sobre o paradeiro de Peter, mas ela simplesmente respondia que estava "nas mãos de Deus".
Em 17 de setembro, quase seis meses depois, o xerife local visitou a casa para emitir um aviso de despejo - eles estavam inadimplentes com os pagamentos de hipoteca.
Os Walds sabiam que seriam despejados, e já haviam embalado seus pertences - incluindo os de Peter - quando o xerife chegou.
Os relatórios do Tribunal não descrevem a reação do xerife quando Kaling destrancou o cadeado e abriu a porta do quarto no andar de cima para revelar o cadáver de Peter.
Seu corpo estava muito decomposto - e os ratos do bairro não tinham sido impedidos pelas fitas adesivas e um par de cobertores, tornando deplorável seu estado de conversação.
Na última segunda-feira, Kaling, de 50 anos, se declarou culpada por não notificar a polícia ou o juiz que o marido tinha morrido devido a uma doença que não estava sendo tratada por um médico. É a primeira condenação do tipo conhecida, no Canadá.
Ela recebeu 18 meses de liberdade condicional e foi obrigada a procurar aconselhamento sobre as implicações de "saúde pública" que o incidente causou.
Kaling, que se mudou com sua família para Fort Erie, também no Canadá, disse a um repórter, tranquilamente, que estava ciente do que havia acontecido, logo após o tribunal.
"Foi incomum, sim. Certamente não era normal. E nós não vamos fazer isso de novo. As leis existem e sabemos como funcionam, agora”, relatou a mulher.
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