quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Cientistas revelam marca de possível impacto de meteorito na Antártica







 
 
Geofísico observou grande marca circular enquanto sobrevoava área. Estudos anteriores sugerem impacto na região, possivelmente de meteorito.
 
 
Durante um sobrevoo na região da Costa da Princesa Ragnhild, na Antártica, o geofísico Christian Müller notou algo diferente na plataforma de gelo: uma grande marca circular, com cerca de 2 km de diâmetro. A descoberta foi feita no dia 20 de dezembro a bordo da aeronave Polar 6, do Instituto Alfred Wegener de Pesquisa Marinha e Polar (AWI), da Alemanha.


Cientistas do instituto estavam em uma missão na Estação Polar Princesa Elisabeth com o objetivo de estudar a história geológica da Antártica. "Eu me perguntei o que poderia ter criado uma marca tão grande no gelo", conta Müller. Ao retornar à estação depois do vôo, ele começou a pesquisar se havia algum relato científico sobre eventos recentes que pudessem ter gerado um impacto na região.


Ele encontrou dois estudos que indicam que um meteorito pode ter caído na área e criado a grande cicatriz circular. Um deles, feito por cientistas americanos e canadenses, conclui que um grande objeto pode ter caído do céu exatamente naquela região em 2004. A conclusão partiu da observação de registros de infrassom, onda sonora inaudível ao ouvido humano.


Outro estudo, feito por cientistas em uma estação australiana na Antártica, relata a observação de um rastro no céu, parecido com o que seria deixado por um meteoro em queda.


O geofísico Graeme Eagles, líder da equipe de pesquisa geofísica da AWI baseada na Estação Princesa Elisabeth, diz que existem duas linhas de investigação que corroboram a hipótese de um evento de impacto. "Se a estrutura é de fato o resultado de um impacto de 2004, esperaríamos que tivessem passado 10 anos de alterações por processos como acúmulo de neve, erosão pelo vento e deformação pelo fluxo da própria plataforma de gelo."


Apesar de os estudos e observações apontarem para um meteorito como a possível causa da marca, cientistas da AWI enfatizam que ainda é preciso fazer mais pesquisas para comprovar a origem da estrutura. Depois da primeira observação feita por Müller, cientistas voltaram ao local para mais observações aéreas. Os dados coletados serão processados pela equipe.




Fonte: G1

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