Pesquisadores da universidade espanhola de Jaén descobriram o caso mais antigo de câncer de mama nos restos mortais de uma mulher que datam do fim da 6ª dinastia faraônica (ano 2.200 a.C), segundo informou o Ministério egípcio de Antiguidades na terça-feira.
Os arqueólogos conseguiram identificar a doença durante estudos
realizados na necrópole de Qoba al Hawa, localizada ao oeste da cidade
de Assuã (sul), de acordo com o comunicado do ministro egípcio de
Antiguidades, Mamduh al Damati.
A equipe de trabalho descobriu deformações incomuns enquanto estudavam o
peito do corpo de uma mulher sepultada, o que os levou a continuar as
pesquisas que, finalmente, revelaram que se tratava de um câncer. Isso
indica que a doença já existia nos períodos mais antigos do Egito.
Al Damati ressaltou a importância de continuar com este tipo de estudo,
"pois contribui para revelar mais fatos arqueológicos e históricos,
assim como detalhes e circunstâncias da vida cotidiana de épocas
distantes".
O chefe da equipe antropológica, Miguel Botella, afirmou que os estudos
mostraram os restos da deterioração causada pela propagação do tumor
maligno nos ossos da mulher.
Botella ressaltou que o estado do esqueleto indica também que a mulher
pertencia a uma classe alta da antiga cidade de Elefantina, e que talvez
sua doença a tenha impedido de desempenhar algumas atividades. No
entanto, o estudo indica que ela recebeu todo o atendimento e cuidados
necessários até morrer.
O chefe da pesquisa, Alejandro Jiménez, lembrou que a equipe iniciou as
atividades em Qoba al Hawa, em 2008, período durante o qual estudou os
detalhes da vida e dos ritos funerários dos governantes de Elefantina e
suas famílias.
Os estudos foram realizados por um grupo com especialistas de
diferentes especialidades, entre elas antropologia física, o que ajudou a
descobrir detalhes do cotidiano dos antigos egípcios.
Fonte: Terra
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