Parece que cada vez mais a ciência está imitando a arte, ou, pelo
menos, buscando boas inspirações. Lembra da série O Exterminador do
Futuro, naquela cena clássica em que o robô-vilão T-1000 foi
transformado em fragmentos de metal líquido espalhados pelo chão, que
depois se reagruparam até recriar o robô inteirinho como se nada tivesse
acontecido?
Muita coisa ainda é ficção, mas reagrupar gotas de metal
líquido já é uma realidade, como mostrou um protótipo construído por Jie
Zhang, da Universidade Tsinghua, na China.
Sua criação ainda não é capaz de assumir nenhuma forma reconhecível,
mas ele fez com que gotas de metal líquido fossem atraídas em direção
uma das outras de maneira independente. O material do experimento é, na
realidade, uma liga de gálio, índio e estanho que se mantém líquida a
uma temperatura de 30º C.
O movimento da gota ocorre quando ela é colocada sobre uma folha de
alumínio e em uma solução com hidróxido de sódio. A partir daí, a gota
se movimenta por quase uma hora.
Este movimento deixou os pesquisadores
intrigados, mas eles acreditam que isso ocorre por uma diferença de
cargas elétricas, impulsionada por uma espécie de empurrão gerado pela
reação do alumínio com o hidróxido de sódio.
Será que com essas gotas de metal líquido dá para criar algum tipo de
robô ou equipamento? A aplicação, por enquanto, seria conduzir
materiais em dutos ou até mesmo dentro do corpo humano.
O certo é que os
pesquisadores vislumbram as gotinhas em situações muito mais simples do
que as retratadas em filmes com robôs assassinos.
Fonte: History
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