quarta-feira, 1 de abril de 2015

Cientistas descobrem nova espécie de dinossauro herbívoro






Paleontólogos da Sibéria estão montando esqueleto de titanossauro gigante a partir de fragmentos. Objeto da descoberta dos pesquisadores de Tomsk é o primeiro saurópode encontrado em território russo. 


Os cientistas da Universidade Estatal de Tomsk (TGU, na sigla em russo) descobriram restos de um animal pré-histórico em blocos de rochas no sudoeste da Sibéria. 


Os paleontólogos levaram alguns anos para retirar os fragmentos de osso do arenito. Ao finalizar o trabalho, perceberam que haviam descoberto uma espécie totalmente nova de dinossauro.


“Logo determinamos que tínhamos diante de nós restos de um ser vivo do grupo dos saurópodes, que são dinossauros herbívoros com quadril de lagarto”, disse à Gazeta Russa Stepan Ivantsov, pesquisador da TGU. “Mas, somente quando retiramos todos os fragmentos, ficou evidente que se tratava de uma espécie ainda não descrita por cientistas.”


Os ossos pertencem a um titanossaurídeo adulto, dinossauro quadrúpede pertencente à ordem Sauríschia, cujos representantes habitaram a Terra desde o período Jurássico até o fim do Mesozoico. Os paleontólogos acreditam que o dinossauro em questão viveu no período Cretáceo Superior, ou seja, cerca de 100 milhões de anos atrás. 


“Sete anos se passaram desde a descoberta do local em que se encontrava o réptil. Durante todo esse tempo nos empenhamos em libertar os ossos das rochas”, contou Ivantsov. O objeto da descoberta dos pesquisadores de Tomsk é o primeiro saurópode encontrado em território russo.


Atualmente, o esqueleto está sendo remontado pelos paleontólogos de Tomsk. Trata-se de um animal de grande porte, com um longo pescoço e cauda. 


O seu comprimento total podia chegar de 30 a 40 metros e seu peso era de algumas dezenas de toneladas. Esses dinossauros se alimentavam das copas das árvores e cresciam praticamente durante toda a sua vida.


“Originalmente, o fragmento encravado no arenito pesava cerca de 70 quilos. Já havíamos encontrado restos de outros animais – mamíferos, anfíbios e répteis – nas proximidades dos lugares onde o nosso titanossauro foi descoberto. Esse fato é uma evidência de que no passado, todo um ecossistema pré-histórico estava operando aqui, no sudoeste da Sibéria”, explicou Ivantsov.


No próximo verão russo, os paleontólogos de Tomsk darão continuidade ao trabalho no chamado “cemitério dos dinossauros”, no norte de Kuzbass, perto da aldeia Chestakovo. Ali são realizadas escavações e buscas de remanescentes da antiga fauna há mais de meio século. 


O maior cemitério de dinossauros da Rússia foi descoberto em 1953 também por cientistas da Universidade Estatal de Tomsk. Desde então foram encontrados fragmentos e esqueletos inteiros de mais de 500 espécies de animais pré-históricos.





Fonte: Gazeta Russa

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