Jonathan Brecko
O Instituto Internacional para a Exploração de Espécies publica mais ou
menos a cada ano sua lista das Top 10 espécies mais relevantes entre as
que foram descobertas nos 12 meses anteriores. Os especialistas do
centro, vinculado à Universidade Estadual de Nova York (EUA),
selecionaram estas dez entre as 18.000 novas espécies descritas no ano
anterior. A espécie da foto é um bicho-pau gigante que foi batizado de
'Phryganistria tamdaeoensis'. O inseto mede cerca de 23 centímetros e
foi descoberto no Parque Nacional de Tam Dao (Vietnã). O inseto mais
comprido do mundo é outro bicho-pau gigante, o 'Phobaeticus chani',
original da ilha de Bornéu, no sudeste asiático. Mede quase 57
centímetros.
Robert Bolland
Esta lesma marinha do arquipélago japonês surpreende por suas cores
azul, vermelho e ouro vivas. Batizada de 'Phyllodesmium acanthorhinum', o
Instituto Internacional para a Exploração de Espécies a considera um
“elo perdido” entre as lesmas do mar que se alimentam de corais e as que
dependem de hidroides, uma etapa da vida de várias espécies marinhas.
Yoji Okata
Nos últimos 20 anos os cientistas tentaram descobrir a origem destas
estranhas formações circulares, de dois metros de diâmetro e recheadas
de formas geométricas, que apareciam no fundo do mar ao largo da ilha
japonesa de Amami Oshima. O 'arquiteto' mostrou ser o macho de uma nova
espécie de peixe-balão, 'Torquigener albomaculosus', que constrói esses
ninhos para atrair as fêmeas.
O macho da espécie 'Torquigener albomaculosus' ocupado em construir um
ninho circular e geométrico com o qual atrair fêmeas. Os ninhos, que só
são usados uma vez, protegem os ovos das correntes marinhas e dos
predadores.
Um macho e uma fêmea de 'Torquigener albomaculosus' durante o cortejo.
Ingo Rechenberg, Universidad Técnica de Berlín
Esta aranha de Erg Chebbi, região desértica do sudeste do Marrocos,
move-se rapidamente dando cambalhotas quando pressente uma ameaça. O
aracnídeo, cujo nome científico é 'Cebrennus rechenbergi', dobra sua
velocidade quando opta por esta técnica de fuga com ginástica.
A. Espejo
Quando se diz que foi descoberta uma nova espécie, costuma-se afirmar
que era desconhecida para a ciência, não para os habitantes de sua
região. É esse o caso da planta 'Tillandsia religiosa', usada nos
vilarejos mexicanos de Tlayacapan e Tepoztlán no Natal para enfeitar os
presépios. A planta, que alcança 1,5 metro de altura, cresce nos
habitats montanhosos do Estado de Morelos.
Mark A. Klingler, Museo Carnegie de Historia Natural
Este dinossauro é conhecido informalmente como “frango do inferno”,
embora medisse um metro e meio de altura e pesasse cerca de 300 quilos.
Seus restos fósseis, encontrados nos Estados norte-americanos de Dakota
do Norte e do Sul, sugerem um misto de características de ave e de
dinossauro. Batizada de 'Anzu wyliei', a espécie tinha penas, ossos ocos
e um focinho semelhante a um bico de papagaio. Viveu há cerca de 66
milhões de anos, na mesma época que os tiranossauros e os triceratopes.
Recriação artística do dinossauro conhecido como “frango do inferno”, o 'Anzu wyliei'.
P.B. Pelser & J.F. Barcelona
Conhecem-se apenas 50 exemplares da espécie
'Balanophora coralliformis', planta parasita que não tem clorofila e,
por isso, é incapaz de fazer a fotossíntese. Sua alimentação depende de
ela parasitar outras plantas. A espécie, que vive a 1.500 metros de
profundidade nas águas do arquipélago das Filipinas, se assemelha a um
coral. Considera-se que ela corre perigo crítico de extinção.
A vespa 'Deuteragenia ossarium' é surpreendente.
Constrói seus ninhos em buracos de caules com vários compartimentos. O
inseto mata várias aranhas e coloca uma em cada ‘quarto’, para alimentar
sua prole. Mas na porta do ninho ela coloca até 13 formigas mortas,
criando uma barreira química de defesa. Os cadáveres das formigas
secretam produtos voláteis que confundem os inimigos que se alimentam
das larvas das vespas. A espécie foi descoberta na Reserva Natural de
Gutianshan, no leste da China.
Existem 6.455 espécies conhecidas de rãs no
planeta, e praticamente todas se reproduzem por fecundação externa: o
macho fertiliza os ovos liberados pela fêmea. A rã indonésia
'Limnonectes larvaepartus', de quatro centímetros de comprimento e
original da ilha de Sulawesi, apresenta uma forma de reprodução única no
mundo: uma fertilização interna, depois da qual a fêmea dá à luz a
girinos.
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