“Bem-vindo à nave”: o Terra foi ao congresso de ufologia realizado em Porto Alegre Foto: Daniel Favero / Especial para Terra
Aconteceu a palestra internacional com o peruano Ricardo González Foto: Daniel Favero / Especial para Terra
Daniel Favero
O Terra participou do III Fórum Mundial de Contatados que aconteceu em Porto Alegre neste final de semana e conta como foi.
“Bem-vindo à nave”. Assim que fomos recebidos no III Fórum Mundial de
Contatados que aconteceu em Porto Alegre neste final de semana. Não
sabíamos bem o que esperar, mas encontramos cerca de 600 pessoas muito
receptivas, curiosas e ávidas por mensagens positivas sobre o futuro da
Terra.
Os participantes vinham das mais diferentes origens, sendo que os mais
experientes já não se interessavam mais pelos relatos detalhados e
estudos científicos, mas sim pela mensagem trazida pelos
extraterrestres. Até porque as histórias se assemelham muito ao redor do
mundo. O que muda é o entendimento de cada um sobre o tema, seja uma
teoria maluca ou algo mais espiritualizado e/ou metafisico.
Ao entrar encontramos um salão lotado, com poucos lugares disponíveis.
Em frente às paredes estavam as bancas de venda de DVDs, assinatura de
revistas, camisetas, adesivos, canecas, livros e até um lugar para fazer
o relato de sua abdução, além de um artista que desenha a
sua caricatura alienígena.
A primeira palestra que assistimos foi a do major da Polícia Militar do
Ceará Welliston Paiva que reúne diversos relatos e investigações. O que
chamou atenção foram as dicas que ele deu ao longo de sua fala sobre
como fazer contato com os extraterrestes, baseado em sua experiência
pessoal:
- O melhor lugar para fazer o encontro é dentro de casa, às vezes se
viaja para uma serra fria, ou fica-se no calor em meio a mosquitos
olhando para o céu, para ouvir dos extraterrestres que era melhor ter
ficado em casa;
- Eles costumam se comunicar por telepatia e falam seu idioma fluente dessa forma;
- Nunca se aproxime da nave se não for autorizado porque o motor quente emite radiação que pode provocar doenças;
- Existe um símbolo meio que universal para o contato com os
extraterrestres que significa "paz, união, amor e liberdade" e que se
assemelha muito a saudação do Spock. Quando eles veem isso sabem que a
pessoa tem familiaridade com eles;
- As mensagens são semelhantes. Pregam o amor entre os humanos, preservação da natureza e cuidado com a alimentação;
- Muitos dos contatados relatam que as abduções ocorreram próximo de rios, lagos e etc.
O que importa é a mensagem não o mensageiro
Depois foi a vez da primeira palestra internacional das três edições do fórum com o peruano Ricardo González. Um sujeito boa pinta, que a todo momento fala que é normal e que parece muito convincente sobre sua história por mais maluca que ela pareça. “Não quero que acreditem em mim, só quero que me ouçam de coração aberto”.
Há cerca de 20 anos enquanto estudava teve seu primeiro contato. De
repente ouviu uma voz por meio de telepatia. Subiu ao terraço de sua
casa, em Lima, com seu irmão e com o pai. Foi quando os três avistaram
uma nave. Em 1999 foi eleito o funcionário do mês da empresa onde
trabalhava, mas sequer recebeu a premiação, foi demitido porque apareceu
em um programa de TV falando sobre sua experiência. “Sou uma pessoa
normal, como vocês, mas já estive se frente com psiquiatras e até padres
exorcistas para ver se eu não estava possuído por um demônio”, brinca.
A partir de então ele passou a ter contato relativamente frequente com
um ser chamado Antarel que vem de uma galáxia chamada Alpha Centauro.
A partir daqui a história fica ainda mais fantástica.
Ele teria olhos cor de mel, cabelos loiros quase brancos, lábios finos e 2,7 m de altura.
De acordo com Gonzalez esses seres como Antarel são extraterrestres uma
outra raça já miscigenada com seres humanos que vem do futuro. Pois
bem. Esse pessoal tem vindo à Terra para chamar atenção sobre a
destruição do planeta. Situação que só tende a piorar levando à um grau
de devastação e conflito que nos obrigaria a buscar um novo planeta. A
Nasa já teria iniciado esse projeto, segundo lhe relataram os aliens.
Quando ouviu isso de Antarel, González perguntou se os alienígenas não
deixariam de existir caso os humanos conseguissem preservar a Terra (um
lance meio De Volta para o Futuro). “Ele me respondeu que no universo,
nada deixa de existir”.
Para saber mais sobre González e seu trabalho entre no site dele
legadocosmico.com
Cético em busca de respostas
Depois de ouvir uma coisa dessas você precisa de um tempo para assimilar o que acabou de acontecer. Em busca de um disputado cafezinho encontramos um senhor chamado Aparecido Alves dos Santos, vindo da cidade de Paranavaí (PR). Ele conta que é cético em relação à essa história de ETs. Mas resolveu comparecer ao evento para entender porque essas luzes são tão frequentes na região onde vive, onde afirma existir um corredor, uma espécie de estrada das espaçonaves.
“Sou meio desconfiado dessas coisas que tenho ouvido, mas como aparecem
com frequência na minha região. Vim aqui para entender um pouco melhor
esse fenômeno”, afirmou Aparecido.
Antes o contato era pela Ayhuasca hoje é pela abdução
No começo da tarde é a vez do médico psiquiatra Nestor Berlanda, que há décadas estuda fenômenos de abdução na Argentina. Sua fala foi muito técnica, até meio chata, sobre os casos que estudou. Mas ao fim ele relata que depois de décadas de estudo encontrou similaridades entre o xamanismo realizado no passado e os casos de abdução da atualidade.
“Não são seres de fora, sempre estiveram conosco, nos conhecem porque
sempre tiveram conosco, não vem de outra galáxia”, disse ele sobre o
relato ouvido de um abduzido. Ele faz uma relação sobre o uso da
Ayahuasca – um poderoso alucinógeno usado em cerimônias religiosas e
xamânicas na Amazônia-, e a abdução.
"Depois de 25 anos pude entender que as ruinas peruanas estavam dizendo
que tinham que entrar nesse estado de experiência para entrar em
contato com eles a partir de nós mesmos... Tanto o xamã quanto o
abduzido tem a mesma função. Trabalham com estados alterados de
consciência... Qual a função do xamã senão entrar nessa outra realidade
buscar informação e trazer informação e cura”, assim como ocorre com os
abduzidos, conforme ele relatou.
“São abduzidos aqueles que tem condições psicológicas e biológicas e
não quem quer. Existe alguma predisposição para isso. As experiências
têm apenas caráter simbólico”, afirma.
Bom, depois das outras histórias, isso começa a parecer bem factível.
Das arenas de rodeio para o interior de uma nave espacial
Asa Branca é um dos maiores narradores de rodeio do Brasil, tanto que recentemente participou de um evento nos Estados Unidos onde narrou um rodeio para quase 20 mil pessoas. Nesse meio, ele é uma verdadeira celebridade colocada no mesmo patamar de nomes como Sérgio Reis e Chitãozinho e Chororó. Nascido no interior de São Paulo e acostumado com uma vida rural, não é alguém de quem você espera ouvir o relato de uma abdução. Ele era o nome mais esperado do dia.
“Nunca pensei que ia passar por isso”, disse ao iniciar seu relato. Asa
voltava para a fazenda de um conhecido, quando por volta das 23h
avistou uma luz no pasto. Como se estivesse hipnotizado, parou o carro,
desceu e caminhou em direção à luz que era projetada no pasto pela nave.
“Quando me aproximei da luz fui sugado e cai em uma poltrona que me
prendia por sucção. O painel parecia de um avião desses Boeing... eu
gosto de aviação e nunca tinha visto uma cabine como aquela. Pedi para
Nossa Senhora, rezei, perguntando o que ia acontecer... foi quando e uma
hora para outra ela foi para trás e subiu. Vi as luzes da cidade de
ponta cabeça, aquilo mexeu com o meu cérebro”, contou Asa Branca.
Seu maior temor era ser engaiolado e usado em experiências pelos
alienígenas pelo resto da vida. ”A aeronave chegou em um lugar com uma
areia parecida com a de mar, com casas brancas, bem divididas e gente na
porta... pensei que estava enrolado, que iam me botar numa gaiola e
estava ferrado, que ia passar o resto da vida tipo periquito”, disse
provocando risos.
Em seguida eles voltaram para pasto, e quando Asa se deu conta estava
de volta no lugar onde tinha sido capturado. “Entrei no carro e me
vazei. Voltei para a fazenda e contei o que tinha acontecido, mas o povo
ria”, contou.
Cinco anos depois ele começou a adoecer e chegou a ficar internado, mas
acredita que os alienígenas lhe trouxeram muita sorte porque sua
carreira está na melhor fase desde que foi abduzido. “Acho que os ETs me
deram sorte”, ao mesmo tempo, se perguntou se eles não teriam sido os
responsáveis pelo declínio de sua saúde.
Um gritou alto perguntando se ele achava que eles iam nos destruir.
Durante a palestra de Asa, quando foi aberto o espaço para perguntas,
Maninho, um abduzido que vive no litoral do Rio Grande do Sul, levantou
gritando e perguntou se ele achava que os alienígenas teriam vindo para
nos destruir.
Asa respondeu que não. Mas plateia demonstrou indignação, não com a pergunta, mas sim com a falta de educação.
O que deu para entender
Mas em essência ,deu para perceber que existem diversas criaturas que fazem contatos com os seres humanos. A imagem de ETs clássicos, baixinhos com olhos grandes seriam os Greys (cinzas), que na verdade seriam robôs controlados por outros seres. Existem ainda os extraterrestres do bem e os do mal, mas para os ufologistas, os malvados são minoria.
E por fim, ao longo dos anos o estudo dos fenômenos de encontros com
extraterrestres têm mudado. Ao invés de realizaram um estudo cientifico
dos contatos e aparições, a investigação tem caminhado para a motivação
dos contatos. Sendo que boa parte das pessoas acredita que se trata de
uma questão quase espiritual/filosófica.
“Cuidado com a alimentação”, “não destrua o planeta”, “amem uns aos
outros” são as mensagens mais comuns ditas pelos ETs. Pelo que vimos ali
não dá para dizer que os que creem em via extraterrestre estão
totalmente alucinados, equivocados ou esquizofrênicos.
Fora um ou outro mais espalhafatoso, a maioria das pessoas que estavam
ali eram lúcidas, discretas e bem céticas quanto ao que ouviam. “Cada um
ouve e vai montando o seu quebra-cabeças”, dizia uma senhora que há 18
anos participa de congressos semelhantes.
Você pode ser a pessoa mais cética do mundo, pode não acreditar em
praticamente nada do que foi relatado aqui. Mas quem esteve lá sabe que
são pessoas de cabeça aberta, a maioria do bem, e que te tratam
praticamente como família.
Até fizemos amigos:
Fonte: Terra
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