Uma nova expedição -
que mistura pesquisa e turismo - parte na próxima semana rumo ao
Pacífico Sul em busca de pistas do acidente de Amelia Earhart, a
aviadora norte-americana que desapareceu misteriosamente em 1937.
Os
amantes da aviação que integram a associação Tighar (sigla em inglês
para "Grupo Internacional para a Recuperação Aviões Históricos") partem
pela 11ª vez ao atol Nikumaroro, no arquipélago de Kiribati, onde
acredita-se que a famosa aviadora tenha caído durante sua tentativa de
cruzar o mundo pelo leste.
"Tentaremos juntar mais provas às
fortes evidências que obtivemos nas 10 expedições anteriores realizadas
durante 27 anos na ilha", afirmou Ric Gillespie, diretor executivo da
Tighar.
"Se descobrirmos algo extraordinário será fantástico, mas não posso garantir que isso vai acontecer", disse à AFP.
Primeira
mulher a atravessar o Atlântico sozinha no comando de uma aeronave, em
1932, Amelia Earhart, aos 39 anos, tentou dar a volta ao mundo em 1937.
Ela voava perto da linha do Equador, quando desapareceu sem deixar
rastros - ao lado de seu navegador, Fred Noonan, de 44 anos.
Durante
anos, acreditou-se que eles tinham caído no mar após ficarem sem
combustível. Alguns até mesmo supõem que eles teriam sido detidos pelas
forças imperiais japonesas.
Na Tighar, aventam que Earhart tenha
sido capaz de fazer um pouso de emergência e até mesmo sobreviver por
algum tempo no pequeno atol desabitado de Nikumaroro, anteriormente
Gardner Island, 560 quilômetros ao sudeste de Ilha Howland, território
norte-americano localizado a meio caminho entre Havaí e Austrália.
- Viagem temática para turistas -
Gillespie
e sua equipe de 14 voluntários, que vão partir das ilhas Fiji em 8 de
junho para uma viagem de cinco dias, planejam ficar no local por duas
semanas.
Pela primeira vez estarão acompanhados por um navio de
cruzeiro com 68 turistas a bordo, uma viagem temática chamada
Amelia-Earhart, faturada em 11.000 dólares (cerca de 34 mil reais) pela
Betchart Expeditions.
Os turistas podem visitar o local onde foi
encontrado em 1991 um sapato Oxford, modelo que era usado pela aviadora.
As pessoas também poderão passear pelo povoado que um dia foi britânico
e agora está abandonado, onde foram encontrados pentes e utensílios de
alumínio.
A expedição vai estudar as profundidades do oceano com
um submarino controlado a distância, equipado com câmeras de alta
definição e um sonar, em busca de um "item incomum" identificado em
fotografias tiradas em 2012, que poderiam ser destroços do avião de
Earhart.
"Há algo na base de uma parede de cerca de 180 metros de
profundidade que tem o tamanho e a forma (...) para ser uma parte da
fuselagem", explicou Gillespie.
"Também pode ser um relevo
geográfico", admitiu, "mas é uma anomalia, é diferente do que vemos ao
nosso redor, portanto, devemos dar uma olhada".
Um grupo de
mergulhadores explorará as águas adjacentes, enquanto na terra outro
grupo deve vasculhar o atol de densa vegetação, à procura de vestígios
de um possível acampamento, onde os aviadores podem ter passado um
tempo. Sem água doce no local, é provável que a aviadora e seu navegador
não tenham conseguido sobreviver por muito tempo.
Em 2 de
julho de 1937 Amelia Earhart tentou chegar à Califórnia depois de
decolar de Nova Guiné na última etapa de uma turnê mundial pelo Equador.
A
aviadora tinha previsto pousar na Ilha Howland para reabastecer de
combustível. Horas depois da decolagem, anunciou no rádio que não
conseguia localizar a ilha e que "estava ficando sem combustível". Foi
sua última mensagem.
Fonte: Yahoo!
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