quinta-feira, 4 de junho de 2015

Expedição busca novas pistas sobre a aviadora Amelia Earhart







Uma nova expedição - que mistura pesquisa e turismo - parte na próxima semana rumo ao Pacífico Sul em busca de pistas do acidente de Amelia Earhart, a aviadora norte-americana que desapareceu misteriosamente em 1937. 


Os amantes da aviação que integram a associação Tighar (sigla em inglês para "Grupo Internacional para a Recuperação Aviões Históricos") partem pela 11ª vez ao atol Nikumaroro, no arquipélago de Kiribati, onde acredita-se que a famosa aviadora tenha caído durante sua tentativa de cruzar o mundo pelo leste.


"Tentaremos juntar mais provas às fortes evidências que obtivemos nas 10 expedições anteriores realizadas durante 27 anos na ilha", afirmou Ric Gillespie, diretor executivo da Tighar.


"Se descobrirmos algo extraordinário será fantástico, mas não posso garantir que isso vai acontecer", disse à AFP. 


Primeira mulher a atravessar o Atlântico sozinha no comando de uma aeronave, em 1932, Amelia Earhart, aos 39 anos, tentou dar a volta ao mundo em 1937. Ela voava perto da linha do Equador, quando desapareceu sem deixar rastros - ao lado de seu navegador, Fred Noonan, de 44 anos. 


Durante anos, acreditou-se que eles tinham caído no mar após ficarem sem combustível. Alguns até mesmo supõem que eles teriam sido detidos pelas forças imperiais japonesas.


Na Tighar, aventam que Earhart tenha sido capaz de fazer um pouso de emergência e até mesmo sobreviver por algum tempo no pequeno atol desabitado de Nikumaroro, anteriormente Gardner Island, 560 quilômetros ao sudeste de Ilha Howland, território norte-americano localizado a meio caminho entre Havaí e Austrália.


- Viagem temática para turistas -


Gillespie e sua equipe de 14 voluntários, que vão partir das ilhas Fiji em 8 de junho para uma viagem de cinco dias, planejam ficar no local por duas semanas.


Pela primeira vez estarão acompanhados por um navio de cruzeiro com 68 turistas a bordo, uma viagem temática chamada Amelia-Earhart, faturada em 11.000 dólares (cerca de 34 mil reais) pela Betchart Expeditions.


Os turistas podem visitar o local onde foi encontrado em 1991 um sapato Oxford, modelo que era usado pela aviadora. As pessoas também poderão passear pelo povoado que um dia foi britânico e agora está abandonado, onde foram encontrados pentes e utensílios de alumínio.


A expedição vai estudar as profundidades do oceano com um submarino controlado a distância, equipado com câmeras de alta definição e um sonar, em busca de um "item incomum" identificado em fotografias tiradas em 2012, que poderiam ser destroços do avião de Earhart.


"Há algo na base de uma parede de cerca de 180 metros de profundidade que tem o tamanho e a forma (...) para ser uma parte da fuselagem", explicou Gillespie.


"Também pode ser um relevo geográfico", admitiu, "mas é uma anomalia, é diferente do que vemos ao nosso redor, portanto, devemos dar uma olhada".


Um grupo de mergulhadores explorará as águas adjacentes, enquanto na terra outro grupo deve vasculhar o atol de densa vegetação, à procura de vestígios de um possível acampamento, onde os aviadores podem ter passado um tempo. Sem água doce no local, é provável que a aviadora e seu navegador não tenham conseguido sobreviver por muito tempo. 


Em 2 de julho de 1937 Amelia Earhart tentou chegar à Califórnia depois de decolar de Nova Guiné na última etapa de uma turnê mundial pelo Equador.


A aviadora tinha previsto pousar na Ilha Howland para reabastecer de combustível. Horas depois da decolagem, anunciou no rádio que não conseguia localizar a ilha e que "estava ficando sem combustível". Foi sua última mensagem.




Fonte: Yahoo!

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