Em La Jagua, vários habitantes têm histórias com estas mulheres sobrenaturais, que adoram fazer chupões aos homens.
Delio González, o presidente da câmara de Garzón, assegura que as bruxas
existem e que não o deixam dormir. Segundo contou ao jornal colombiano El Tiempo,
todas as noites algo estranho, que se assemelha a uma mulher de cabelos
compridos, se deita ao seu lado na cama. Ele fica paralisado e não
consegue nem abrir a boca para pedir ajuda à mulher.
Tudo isto acontece porque vive perto da vila de La Jagua, Colômbia, que faz parte do município de Garzón e que é habitada por 1400 pessoas. É conhecida como "a vila das bruxas", e os seus habitantes seguem vários rituais para as afastar. José Sánchez, de 72 anos, descreveu ao El Tiempo como todas as noites, coloca pratos com mostarda, garrafas com água benta, cabeças de alho e cartões com orações no seu quarto.
"O odor do alho e a
mostarda afugentam as bruxas voadoras, e a água benta mantém-nas bem
longe", indica o antigo sineiro da igreja de La Jagua. "[A vila] está
cheia de bruxas voadoras conversadeiras que passam a noite em cima dos
telhados."
Segundo o El Tiempo, é Sánchez quem mais sabe de bruxas em La Jagua. Às vezes, acorda de manhã com marcas de chupões na pele. "Os chupões são um mistério, visto que ninguém sente nada e só no dia seguinte é que se descobre que o corpo está cheio de marcas, que desaparecem quando vou ao médico", contou o idoso, que detalhou que no seu quarto há sempre duas camas: "Uma para mim, e outra com lençóis e uma coberta se uma bruxa me quiser acompanhar."
Nas palavras de José Sánchez, as bruxas têm narizes afiados, nunca apagam os cigarros, riem às gargalhadas e estão sempre vestidas de preto.
José Luis Téllez conta outra história, passada em 2010 quando ia a caminho da sua casa. "Quando parei para urinar, uma mulher vestida de negro com os dentes estragados e um nariz grande e fino caiu de uma acácia frondosa."
O contabilista afirma que tentou gritar para pedir ajuda e não
conseguiu: estava paralisado. Foi quando começou a rezar mentalmente que
conseguiu fugir. Porém, a suposta bruxa não o largou: "A bruxa fez-me
chupões enquanto eu dormia, mas não senti absolutamente nada", relatou
ao jornalista. María Téllez, que vive numa casa de doze quartos na
vila, não tem medo das bruxas: "Habituei-me a viver com elas." Às
vezes, ouve-as no telhado.
Para Rufino Bermeo, o padre de La Jagua, nada disto faz sentido. "Tudo isto são histórias que fazem parte dos mitos e das lendas que nascem na imaginação das pessoas", defende. Em La Jagua, foram encontrados vestígios arqueológicos que demonstraram a importância daquela zona em várias cerimônias de povos indígenas, ligadas a feitiçaria. Bermeo diz que nunca viu uma bruxa. "Às vezes saio para caminhar pelas ruas à noite, mas nada, a mim não me aparecem nem para eu as cumprimentar", lamentou ao jornal El Tiempo.
Fonte: Sábado
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