Vítima foi acusada por uma curandeira de provocar a doença e a morte de dezenas de pessoas de um povoado; até o momento 17 pessoas foram presas.
Uma mulher foi despida e depois decapitada por uma multidão depois que
uma curandeira a acusou de provocar a doença e morte de várias pessoas
em um povoado no nordeste da Índia, disse nesta terça-feira à Agência Efe
uma fonte policial.
O linchamento da mulher, de 63 anos, ocorreu ontem na margem de um rio
na cidade de Bhimajuli, no estado de Assam, indicou um superintendente
da Polícia local, Manabendra Roy.
A multidão, formada por cerca de 100 pessoas, foi supostamente
instigada pela curandeira Encoraja Ronghangpia, que se encontra sob
prisão domiciliar e não em uma prisão "porque tem um bebê de seis meses e
problemas de vista", garantiu o agente.
A polícia deteve até o momento 17 pessoas envolvidas no linchamento, entre as quais há nove mulheres, detalhou Roy.
Segundo dados que recolhe o canal local "NDTV", nos últimos cinco anos
foram assassinadas em Assam pelo menos 100 mulheres acusadas de
bruxaria.
Os sacrifícios humanos e os linchamentos por bruxaria também ocorrem em
outras áreas da Índia, apesar de vários governos regionais empreenderam
campanhas de sensibilização.
Na semana passada seis membros de uma família, entre eles quatro
menores, acusados de praticar bruxaria, foram assassinados a facadas em
sua própria casa por aldeães de um povo do estado de Orissa, no leste da
Índia.
Fonte: Terra
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